Deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) se dirige aos parlamentares do PT na Câmara
Jurista ‘terrivelmente evangélico’ deve ser o AGU
Quando o presidente disse ter intenção de nomear jurista “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF), muitos pensaram que Jair Bolsonaro se referia ao juiz federal Marcelo Brêtas, titular da 7ª Vara Criminal do Rio e responsável pela Lava Jato no estado. Mas, na verdade, o desejo de Bolsonaro é nomear o ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça, que é o jurista “terrivelmente evangélico” mais próximo do presidente da República atualmente.
Doutor na carreira
Funcionário de carreira da AGU, André Mendonça é doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção.
Laico, mas…
O Supremo Tribunal Federal mantém um crucifixo no plenário da Corte, muito embora o estado seja laico.
Religiosos
Há casos de ministros do STF conhecidos pela devoção a santos da Igreja Católica. Nem por isso deixaram a própria fé afetar as decisões.
Prioridades
Na verdade, a religião do ministro que será indicado pouco importa. O que vale é decisão com base nos autos e não em preceitos religiosos.
Meu pirão primeiro: Congresso se dá aumento de 30%
Parlamentares até hesitam em aprovar projetos que melhorem a vida das pessoas, mas não descuidam deles próprios. Além de aprovar emenda constitucional que obriga o governo a pagar integralmente emendas parlamentares, também reajustaram o total em 30%, até 2021. Emendas individuais e de bancada que totalizam R$ 13,7 bilhões este ano vão custar pelo menos R$ 17,8 bilhões daqui a dois anos.
Total bilionário
Os 594 senadores e deputados ganham emendas. São R$ 15,4 milhões por parlamentar e R$ 170 milhões para cada uma das 27 bancadas.
Tunga coletiva
Apenas as 27 emendas de bancadas estaduais, que este ano vão nos custar R$ 4,5 bilhões, pulam para R$ 6,7 bilhões no ano que vem.
Cheque a descoberto
Até 2021, cada uma das bancadas estaduais do Congresso terá ao menos R$ 313 milhões para gastar. Total: R$ 8,5 bilhões.
Parindo ratos em série
A cada divulgação de supostos diálogos sem qualquer conotação criminosa, entre juiz e procuradores, diminui a “euforia dos corruptos” a que se referiu Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Privilégios em números
Presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PL-AM) esmiuçou os valores per capita da reforma da Previdência. Para os trabalhadores da iniciativa privada são, em média, R$ 91,63 por mês contra R$ 1.250 dos servidores públicos, que se aposentam com salários bem maiores.
Teatro com adereços
Ontem o teatro foi completo na Câmara dos Deputados. Teve até ratos de plástico grudados numa cópia da Constituição Federal. “Arte” assinada pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS).
Deve acabar mal
Em razão da reforma da Previdência, o Conselho de Ética da Câmara cancelou a reunião que instauraria o processo contra Maria do Rosário (PT-RS) por quebra de decoro. Ainda não foi marcada nova reunião.
Signo da desconfiança
Bolsonaristas da Câmara não confiam na proposta de reforma tributária do economista Bernard Appy, ex-secretário de Política Econômica de 2003 a 2009. Eles não confiam em quem serviu aos governos do PT.
Faltou o tamborete
O “discurso da foto” da oposição foi feito ontem por Paulo Pimenta (PT-SP), mas o que comoveu foi o esforço de Gleisi (PT-PR) para aparecer no primeiro plano da imagem. Sem tamborete, teve de se esgueirar entre papagaios de pirata para ficar na frente, na tribuna da Câmara.
Desidratação de véspera
Bancadas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste já se movimentam para impedir ou minimizar perdas decorrentes da eliminação de incentivos fiscais para atrair indústrias. É o começo da desidratação da proposta de reforma tributária, próxima polêmica agendada para o Congresso.
Sorte amazônica
O governador e a bancada do Amazonas eram recebidos por Ricardo Salles (Meio Ambiente), terça (9), quando Jair Bolsonaro chegou de repente, em visita-surpresa. Os amazonenses ganharam na loteria: pediram reunião com o ministro e ganharam o presidente de lambuja.
Pergunta nos cofres públicos
Quanto custaram (e quem pagou) as camisetas, adesivos, faixas e cartazes usados por deputados de oposição para fazer propaganda no plenário da Câmara contra a reforma da Previdência?