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Egresso do mestrado da Univale apresenta trabalho em Conferência da Economia do Bem Comum, na Holanda

FOTO: Divulgação/Univale

GOVERNADOR VALADARES – O advogado Guilherme Rosa Thiago é formado em Direito pela UFMG e mestre em Gestão Integrada do Território (GIT) pela Univale, onde começou a desenvolver pesquisa voltada à preservação ambiental e recuperação de nascentes no Vale do Rio Doce. O trabalho de Guilherme é inspirado no Programa Olhos D’água (POD), do Instituto Terra, de Aimorés e a pesquisa do egresso do GIT, que busca estimular políticas públicas na região, foi apresentada na 3ª Conferência Internacional da Economia do Bem Comum, realizada em Amsterdã (Holanda), entre os dias 3 e 5 deste mês.

Morador de Conselheiro Pena, Guilherme conheceu o GIT justamente devido ao desejo de fomentar ações que contribuam para o desenvolvimento do município. Em uma dessas atividades, Guilherme convidou o coordenador do mestrado, professor Haruf Salmen Espíndola.

“Atuo com atividades de educação política em Conselheiro Pena, pois queria contribuir de alguma forma com minha cidade. Conheci o professor Haruf quando o convidei para falar sobre a história do Vale do Rio Doce em uma dessas atividades. Ele me apresentou o programa de mestrado da Univale, eu participei do processo seletivo seguinte e ingressei no curso. Decidi fazer o mestrado na Univale pelas possibilidades que a interdisciplinaridade oferece, e pela possibilidade de desenvolver uma pesquisa voltada para a região do Vale do Rio Doce”, afirmou Guilherme.

A proposta da pesquisa de Guilherme está alinhada aos objetivos da Conferência Internacional da Economia do Bem Comum. A Economia do Bem Comum é entendida pelos organizadores do evento como um modelo econômico voltado à melhoria da vida das pessoas, com empreendimentos voltados a valores comprometidos com a dignidade humana, solidariedade e justiça social, sustentabilidade ambiental e transparência.

Políticas públicas e a economia do bem comum

O Programa Olhos D’água, estudado pelo egresso do GIT, tem o objetivo em longo prazo de restaurar as 300 mil nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, com metodologia de cercamento de nascentes e instalação de fossas sépticas e, a partir deste ano, também de miniestações de tratamento de esgoto. Ao longo da pesquisa, Guilherme relata que foi identificada uma lacuna na literatura sobre o período após a execução do POD.

“Nesse sentido, nossa pesquisa buscou identificar os impactos do Programa através das percepções de produtores rurais que já participaram e tiveram suas nascentes restauradas. Os resultados das entrevistas que fizemos validaram a hipótese de que o POD tem um impacto positivo em nível de microbacia hidrográfica. O trabalho do Instituto Terra é desenvolvido há tantos anos na região de Aimorés, que alguns produtores até mesmo pensam se tratar de uma política pública do Município ou Estado. Então nós perguntamos: por que o POD ainda não é uma política pública municipal?”, declarou.

Ao concluir o mestrado, Guilherme foi incentivado a tornar a pesquisa uma tecnologia social de fato, uma política pública que pudesse vir a ser implementada em um município – e a partir dessa sugestão, feita pela banca que aprovou a dissertação no GIT, a produção acadêmica o levou até a Conferência da Economia do Bem Comum, na Holanda. A própria participação no evento de Amsterdam é mais um passo para que o projeto seja aplicado, conhecendo experiência semelhante na cidade holandesa.

“Estou aproveitando a oportunidade que o artigo sobre a pesquisa foi aceito para apresentação oral na terceira Conferência Internacional da Economia do Bem Comum, aqui na Holanda, para fazer contatos com o grupo responsável pela execução desta política pública específica de Amsterdam. O GIT me fez repensar minha carreira profissional e me despertou um profundo interesse pelo meio acadêmico. Mais artigos virão como resultado dessa pesquisa e, quem sabe, mais parcerias e mais bons ventos para nosso Vale do Rio Doce”, concluiu.

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