Diretor de futebol falou sobre todas as questões que envolveram a volta das atividades na Pantera após a pandemia
No dia 2 de setembro, o novo elenco do Democrata começou as atividades visando à continuidade do Campeonato Mineiro do Módulo II. Entretanto, a apresentação oficial do elenco só aconteceu no dia 8 de setembro, por causa de adequações nos protocolos de combate à Covid-19. Com o elenco renovado e uma nova comissão técnica, o diretor de futebol do Democrata, Edvaldo Soares, tem grande expectativa para o restante da temporada.
Edvaldo Soares conta que, para montar o elenco, foi essencial a vinda de Amarildo Ribeiro, que se tornou o novo gerente de futebol, substituindo Estefano Caetano, que já tinha compromisso com outro clube nesse segundo semestre. “Tive a felicidade de trazer uma pessoa que já nos ajudou demais, que é o Amarildo Ribeiro. Ele já passou por aqui outras vezes, inclusive na campanha do título do Módulo II, em 2016. Inicialmente, ele só nos auxiliaria à distância, mas percebeu que aqui no Democrata não dava para fazer as coisas dessa forma, e acertamos a vinda dele de vez. Já tínhamos alguns atletas em vista e algumas portas estavam se abrindo para trazer novos jogadores, sendo que algum deles estavam disputando o módulo I do Mineiro. Trouxemos um técnico que é desconhecido dos mineiros, mas com bons trabalhos no currículo. Temos muita confiança no trabalho do Paulo Schardong. O grupo que temos aqui a gente procurou esconder o máximo para ter o fator surpresa, pois em uma competição tão difícil essa surpresa ajuda”, disse.
O Democrata está há dois anos no Módulo II, e o objetivo, de acordo com Edvaldo Soares, é conseguir o acesso à elite do futebol de Minas Gerais. “A nossa expectativa é sempre a mesma, atingir o objetivo que não é diferente do que era no início da temporada. Nós queremos primeiro conseguir a classificação nos cinco jogos restantes e depois buscar o acesso ao Módulo I”.
A favor de a competição recomeçar mais pra frente, Edvaldo explica que a volta do Módulo II para outubro foi até boa. “Não que eu não quisesse a volta, mas eu queria postergar o máximo, com a expectativa de que essa queda do vírus viesse como já está acontecendo. Estamos na onda amarela e, quanto mais pra frente fosse a continuidade do campeonato, talvez tivesse possibilidade de um protocolo menos rigoroso, quem sabe até contar com a torcida nos estádios, mesmo que fosse um percentual menor. Não estou dizendo que isso acontecerá, até porque a saúde é sempre em primeiro lugar. No fim das contas, ficou uma data boa, terminar o campeonato em novembro e se Deus quiser retornando para o Módulo I.”
Questionado como foi o acerto com os jogadores por causa do pouco tempo restante de competição, Edvaldo Soares ressalta que a camisa e a tradição do Democrata podem favorecer todos os envolvidos nesse novo trabalho. “Os atletas conhecem o Democrata e eles sabem da força do clube. Se forem bem aqui, com certeza bons contratos virão. O Amarildo ajuda muito; o Democrata, com sua tradição e camisa pesada, também ajuda demais. Os jogadores não vieram só para cinco jogos que faltam para terminar a fase de classificação, mas vieram pensando também no quadrangular. Creio que, se conseguíssemos o acesso, consequentemente já teríamos uma estrutura montada para o ano que vem.”
Amistosos, novas contratações e receitas do clube
Alguns amistosos estão para ser confirmados antes da retomada do Módulo II. Edvaldo Soares revela que falta apenas confirmar para que sejam anunciados, como também dois novos jogadores em que o clube está de olho. “Temos alguns amistosos combinados, mas estamos esperando chegar os ofícios para anunciar. Sobre o elenco, nunca tem como dizer que está cem por cento fechado, mas, com a possibilidade de chegarem mais dois atletas que estamos olhando, entendo que o elenco será o suficiente para fazer uma boa competição e com chances reais de classificação. Não vamos registrar todos os jogadores que temos aqui no momento, vamos aguardar até a data limite de inscrição, porque podemos fazer algumas substituições”.
Sobre as receitas do Democrata, Edvaldo garante que, mesmo com dificuldades, o trabalho está sendo feito dentro da realidade, mas sem deixar de buscar novas receitas. “Nós temos sim algumas receitas do próprio Democrata e de alguns patrocinadores. A FMF e a CBF liberaram as taxas. Vamos começar com o que temos, mas com certeza nenhum atleta ou funcionário terá prejuízo conosco, e estamos correndo atrás de mais recursos”, finalizou.
