Dois gigantes do colunismo político, Carlos Castello Branco e Luiz Recena, compartilhavam do privilégio de ter como fonte o deputado pernambucano Thales Ramalho. Certa vez, em resposta a notícias da escolha do conterrâneo Fernando Lyra para o ministério de Tancredo Neves, Thales perpetrou uma maldade que era também uma grande injustiça: “Fernando não pode ser ministro da Justiça porque é um analfabeto.”
Certa sexta-feira, já recomposto com Lyra, ele surpreendeu: “Castello, escreva pra domingo: Fernando será ministro da Justiça.”
“Pô, Thales, ele não era um analfabeto?”, cobrou Castelinho.
A resposta foi na bucha: “Alfabetizou-se esta semana, Castello…”
Depois ligou para Recena: “Escreva isto também, vá que o Castello esqueça…”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos | www.diariodopoder.com.br