Diretor municipal da Defesa Civil de Valadares destaca trabalho de prevenção para os períodos de chuvas

Minas Gerais entrou no alerta laranja e amarelo do Inmet sobre chuvas intensas nos últimos dois dias

As chuvas intensas quando resolvem aparecer sempre trazem alguns problemas para muitas cidades em Minas Gerais, inclusive para Governador Valadares. Alagamento em ruas, queda de galho e árvores, queda de energia e até enchente (dependendo da intensidade), são alguns exemplos de situações que acontecem. Na segunda-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou aviso de alerta laranja em Minas Gerais, com possibilidades de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e ventos intensos (60-100 km/h). Já no alerta amarelo divulgado hoje (8), possibilidade de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h).

Diante dos alertas laranja (situação meteorológica perigosa) e amarelo (situação meteorológica de potencial perigosa), divulgados pelo Inmet, o Diário do Rio Doce ouviu o diretor municipal da Defesa Civil de Governador Valadares, major Adelson Ferreira, sobre os procedimentos para este período.

Major Adelson Ferreira é diretor municipal da Defesa Civil de Valadares – FOTO: arquivo/DRD

De acordo com o diretor municipal da Defesa Civil de Governador Valadares, o Inmet faz uma leitura global e às vezes o alerta não reflete em determinadas regiões. “Até está chovendo em Belo Horizonte e teve chuvas fortes na região do Triângulo Mineiro na noite de ontem, mas o Inmet faz uma leitura mais global e não uma leitura pontual de uma cidade. Isso cabe à Defesa Civil de cada cidade fazer o acompanhamento e atender no que for possível”, disse.

O major Adelson Ferreira conta que o período de chuva em Governador Valadares e região vai de outubro a março. Ele reconhece que sim, pode acontecer uma série de problemas, mas afirma que a Defesa Civil trabalha em um tripé formado pela prevenção, reação e reconstrução. “A prevenção é feita antes de chegar o período chuvoso. A Defesa Civil já catalogou e fez vistorias nas áreas de risco geológico (nas encostas).  Nos pontos graves, encaminhamos as famílias para o programa habitacional ‘Minha Casa Minha Vida’. Os pontos gravíssimos, de acordo com a forma da lei, as famílias vão para o aluguel social pago pela prefeitura, pois tiramos os imóveis. Esse é um trabalho de prevenção feito durante o ano inteiro. Já nos momentos de período chuvoso, acontece o trabalho de socorro de reação. Havendo uma situação de emergência, vamos até o local, o corpo de Bombeiros também vai e aí é prestado assistência humanitária à família atingida”.

Governador Valadares já teve algumas enchentes históricas, a maior delas aconteceu em 1979, quando o nível do rio Doce chegou a 5,18 metros. A segunda maior registrada foi a enchente de 1997, quando o nível do rio Doce alcançou 4,77 metros. Já este ano, que também teve enchente, o nível do rio Doce foi de 3,93 metros no período mais crítico.

No mês de dezembro tem sido registrado um aumento do nível do rio Doce. Do dia 2 ao dia 4 variou entre 0,15 metro e 0,16 metro. A partir do dia 7 pulou para 0,76 metro. Hoje, na última medição realizada, já constava 0,87 metro.

Segundo o diretor da Defesa Civil de Valadares, o monitoramento do rio Doce é constante e com a capacidade de prever com antecedência e alertar as famílias que podem ser impactadas pelas enchentes. “Nós temos todo um sistema de monitoramento do rio Doce, através do montante do rio Piracicaba, rio Santo Antônio, do rio Piranga e do rio Doce na região de Ponte Nova. Isso nos permitiu ao longo do tempo avisar as famílias que o rio vai encher com até 72 horas de antecedência”, finaliza.

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