TIMÓTEO – Na manhã desta quinta-feira (6), três detentas do Presídio Feminino de Timóteo denunciaram terem sido vítimas de abuso sexual dentro de uma cela. As presas, com idades de 19, 21 e 29 anos, relataram à equipe de segurança da unidade que os abusos foram cometidos por outra interna, de 25 anos.
Segundo os relatos colhidos pela direção do presídio, a acusada utilizava medicamentos controlados, como Clonazepam, para dopar as vítimas antes de cometer os abusos. As detentas afirmaram que, em diferentes ocasiões, receberam comprimidos ou sucos adulterados oferecidos pela agressora. Após ingerirem as substâncias, perderam a consciência e acordaram durante ou após os atos sexuais forçados.
Uma das vítimas relatou que se sentiu mal após ingerir um suco oferecido pela suspeita. Quando recobrou a consciência, percebeu que estava sendo abusada e, devido ao efeito dos medicamentos, não conseguiu reagir. Outra detenta afirmou que, inicialmente, manteve um relacionamento consensual com a agressora, mas que, posteriormente, foi dopada e violentada em um episódio similar.
Diante disso, as três mulheres decidiram expor o caso para outras detentas e acionaram as policiais de plantão para relatar os fatos. Durante a abordagem da equipe de segurança, a acusada confessou os abusos. Ela foi imediatamente isolada das demais internas, e a direção do presídio acionou as autoridades para investigar o caso.
Em nota enviada ao DIÁRIO DO RIO DOCE, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), órgão responsável pelo Presídio Feminino de Timóteo, afirmou que a direção tomou as providências administrativas cabíveis em relação à denúncia. “A presa acusada será ouvida pelo Conselho Disciplinar da unidade prisional e poderá sofrer sanções administrativas, caso se confirmem as denúncias. Foi instaurado pela direção do presídio um procedimento interno para apurar administrativamente o ocorrido. As custodiadas envolvidas na ocorrência foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais”, concluiu o órgão.















