Milhares de crianças imigrantes desacompanhadas tentam entrar nos Estados Unidos em meio à pandemia do novo coronavírus, impulsionada por desastres naturais devastadores, violência e várias dificuldades econômicas em seus países de origem.
O Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, sigla em inglês) encontraram 5.871 crianças na fronteira sudoeste sem um dos pais ou tutor legal no mês passado. Este é o maior influxo desde o início da crise de saúde pública que começou em março de 2020.
Esse aumento repentino ainda é relativamente modesto em comparação com os enormes números do ano fiscal de 2019, quando a patrulha prendeu mais de 76.000 crianças desacompanhadas.
Mas, ao contrário dos anos anteriores, o Escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR, sigla em inglês) – que cuida dessas crianças – teve que reduzir sua capacidade habitacional quase pela metade devido à pandemia.
“Embora o número de crianças sob custódia ainda seja relativamente baixo para os padrões históricos, a falta de camas em abrigos disponíveis é motivo de preocupação”, alertou Mark Greenberg, diretor da Iniciativa de Serviços Humanos do Migration Policy Institute.