A pesquisa mostra que em 2021, a cada e 10 crianças do 2º ano do ensino fundamental, apenas 4 estavam alfabetizadas
Por Natalia Lima Amaral
Um levantamento do Ministério da Educação (MEC) divulgado no dia 31 de maio (quarta-feira), indica que 54% das crianças brasileiras não estão alfabetizadas. Wildma Mesquita, coordenadora do curso de Pedagogia da Univale, e Elizabete Carvalho, que é professora do curso, comentam que o dado é preocupante, principalmente por mostrar que a escola não está conseguindo cumprir seu principal papel: garantir a educação formal nos anos iniciais, assegurando a alfabetização na idade certa.
“A alfabetização é importante para o desenvolvimento da criança, abrindo as portas do mundo dos saberes. Ela aprende a fazer uso da leitura e da escrita em seu meio social e esse é um pilar fundamental para o seu desenvolvimento integral. Sabemos que a situação apontada pelo dado teve a pandemia como um fator agravante, que comprovou a desigualdade de acesso e da dualidade da educação brasileira”, explicam.
Entretanto, as professoras enfatizam a necessidade das escolas de superar essa situação, visto que um país com um percentual tão alto de crianças não alfabetizadas demonstra que o ensino não está sendo efetivo. “Algumas atitudes que podem transformar, positivamente, o cenário da alfabetização das crianças brasileiras é o fomento de ações que contribuam com a alfabetização e o letramento das crianças dos anos iniciais, que contemplem práticas pedagógicas significativas que contribuam com a melhoria do processo de leitura e escrita”, comentam.
A Univale contribui por meio do projeto de extensão “Fazeres docentes: gestão da sala de aula”, que é desenvolvido pelo curso de Pedagogia. A ação, além de visar a interlocução da universidade com a Educação Básica, visa também contribuir com a melhoria da prática pedagógica e do processo ensino-aprendizagem.