BRASÍLIA – A Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce está representando a região no Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite. O objetivo é buscar alternativas para conter os impactos da alta importação de leite em pó. Também foi ressaltada a importância do setor lácteo para a economia brasileira, que garante o sustento de milhares de famílias.
Recentemente, o aumento nas importações de leite tem causado forte impacto no setor leiteiro do Brasil. Dessa forma, a Frente Parlamentar, em apoio ao Produtor de Leite (FPPL), organizou o Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite.
Nesse sentido, o tema debatido foi “Importação de Leite e o Prejuízo Social para o Brasil: Desestruturação da cadeia láctea, êxodo rural e desemprego”, com a presença de representantes do setor lácteo de todo o país.
Abaixo-assinado
O cooperado e presidente do Sindicato Rural de Valadares, Afonso Bretas, esteve no encontro. Ele levou um abaixo-assinado com cerca de 450 assinaturas em defesa da cadeia produtiva do leite. “Foi muito importante a nossa ida a Brasília, nós ajudamos a somar força. Mostramos a força do produtor do Vale do Rio Doce com um montante de mais de 450 assinaturas no abaixo-assinado. Isso tudo somado surtiu um efeito político muito forte, as argumentações foram muito sólidas, muito consistentes. Eu acredito que isso vai surtir efeito no médio e longo prazo”, afirmou.
Setor lácteo
Em defesa do setor lácteo, a deputada federal e presidente da FPPL, Ana Paula Leão (PP/MG), destacou o tamanho do impacto nas importações. “Somos milhões de produtores em mais de 1,1 milhão de propriedades rurais. Sendo 81% pertencente a agricultura familiar e mais de 90% de pequenos e médios, que geram emprego e renda em todo o país”, conforme a deputada.
O Governo Federal destinou liberar R$ 200 milhões para a compra de leite, com o objetivo de enxugar o mercado. Além disso pretende intensificar a fiscalização com o leite em pó importado. Assim como, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) firmou um aumento no imposto de importação de lácteos de 12,8% para 18%, por um ano, para óleo butírico de manteiga, queijos de pasta mofada (azul) e queijos com teor de umidade de 46% e 55%. Também foi anunciada uma nova tarifa externa comum para 29 produtos lácteos, que pode variar de 10,8% a 14,4%.







