Atrocidades da história narradas por uma adolescente durante a segunda guerra mundial
O diário, chamado carinhosamente de Kitty, por Anne, foi escrito entre 12 de junho de 1942 e 1° de agosto de 1944. Ele apresenta o relato de uma menina que viveu em um dos períodos mais sombrios da humanidade, a Segunda Guerra Mundial, sob o domínio nazista.
A narrativa de Anne contém os relatos mais sinceros das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus durante um dos períodos mais aterrorizantes da história. A adolescente ainda fala sobre sentimentos, medos, alegrias, o primeiro amor e a fé na sua religião. Seu diário foi publicado e traduzido para 67 línguas, sendo um dos livros mais lidos do mundo.
A jovem começou a escrever seu diário aos 13 anos, quando vivia com seu pai Otto Frank, sua mãe Edith Frank e sua irmã Margot Frank, na Alemanha.
Na primeira metade de julho, Margot recebeu uma carta para comparecer a um centro de concentração nazista. Então os Frank fugiram e se abrigaram, junto a outra família judia, num esconderijo, apelidado de anexo secreto, localizado no porão do gabinete em que Otto trabalhava, em Amsterdã, na Holanda.
Sob a mira do nazismo
Anne teve sua inocência roubada. Mas com uma maturidade à frente do seu tempo, escreveu em seu diário toda a tensão que as famílias de judeus sofreram sob a mira do nazismo, ao lutarem pela sobrevivência. Assim sendo, repleta de relatos fortes e sensíveis, a leitura emociona, toca, fragiliza, intriga e impressiona os leitores com tamanha crueldade.
O diário de Anne não teve fim ou sentido, ou seja, a jovem foi forçada a parar. Os nazistas descobriram o anexo secreto e deportaram para os campos de concentração todos que estavam lá. Anne foi levada para Auschwitz, e, mais tarde, para Bergen-Belsen, onde, aliás, permaneceu até sua morte, aos 15 anos de idade, de febre tifoide, em fevereiro de 1945.
O Diário original está preservado no Instituto Holandês para a Documentação da Guerra. Os direitos autorais da obra de Anne estão reservados ao Fundo Anne Frank, localizado na Suíça, uma vez que Otto Frank faleceu em 1980.