As autoridades relataram no começo desta semana que Eagle Pass, Texas, cidade que faz fronteira com o México, está sobrecarregada. De acordo com as informações, os líderes locais tiveram que fazer um pedido sombrio devido a um aumento nos afogamentos de imigrantes na região.
O corpo de bombeiros pediu refrigeradores para armazenar corpos, dizendo que os necrotérios não podem lidar com a quantidade de mortos que surgiram repentinamente.
O chefe do Corpo de Bombeiros, Manuel Mello III, disse que nunca viu tantos afogamentos. Em entrevista à Fox News ele relatou que são muitos os corpos retirados das águas e que os agentes funerários estão pedindo ajuda. “Todos os dias retiramos pelo menos um corpo de imigrante que morreu afogado. É muito traumático para o meu pessoal”, afirmou.
Aqueles que vivem e trabalham perto da fronteira sul estão pedindo ajuda adicional do governo federal.
O estado do Texas registrou neste ano um aumento significativo na travessia de imigrantes. Diante disso, o governador Greg Abbott adotou algumas medidas para não sobrecarregar o seu governo. Uma delas foi transportar indocumentados de ônibus a quase 3.200 quilômetros ao norte, tornando Washington, D.C., uma das últimas cidades a sentir em primeira mão o peso do que muitos chamam de crise na fronteira.
A prefeita de DC, Muriel Bowser, disse que é demais para lidar, declarando uma emergência pública e pedindo ao governo federal que intervenha e “certifique-se de que os sistemas não sejam quebrados por uma crise que certamente não é de Washington”.
Chicago, em Illinois, também recebeu ônibus lotados de imigrantes e agora, a Filadélfia está se preparando para se tornar a próxima região alvo do governador do Texas.
O objetivo de Abbott é pressionar os líderes democratas e as chamadas “cidades-santuário”, pois ele disse que é preciso entender o impacto que a onda de imigrantes está causando nas comunidades fronteiriças.
O governo Biden disse que o problema é um sistema quebrado, mas não uma fronteira quebrada, e a vice-presidente Kamala Harris disse que consertá-lo é uma prioridade para a nação e o seu governo.
“A fronteira é segura, mas também temos um sistema de imigração quebrado, em particular nos últimos quatro anos antes de entrarmos, e isso precisa ser consertado”, disse Harris. Brazilian Times