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Chuvas diminuem, mas 53 mil seguem fora de casa em Minas Gerais

O número de pessoas desalojadas e desabrigadas, em decorrência das chuvas que atingem Minas Gerais, desde a última sexta-feira (24), chega a 53 mil, de acordo com boletim da Defesa Civil, divulgado na manhã desta quinta-feira (30).

Ao todo, 44.929 pessoas estão desalojadas – na casa de parentes, amigos ou outros – e 8.259 estão desabrigadas – em abrigos disponibilizados pelo poder público. Em Governador Valadares, 350 pessoas permaneciam em seis abrigos, até o início da tarde desta quinta-feira.

O número de mortos em decorrência das chuvas permanece em 55 e, ainda há, uma pessoa desaparecida na cidade de Conselheiro Lafaiete (102 km de Belo Horizonte).

Depois de um novo temporal ter causado alagamentos, deslizamentos e enchentes, na capital mineira, na noite de terça-feira (28), a chuva arrefeceu em todo o Estado. A Defesa Civil de Minas Gerais, contudo, segue em alerta máximo.

Previsão de chuvas

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão é que uma nova frente fria chegue à região Sudeste, causando mais pancadas de chuvas, nesta e na próxima semana.

O número de cidades que decretou situação de emergência chega a 101, em Minas Gerais. Outras cinco cidades decretaram estado de calamidade pública.

Mortes

Desde outubro do ano passado, 64 pessoas morreram no Estado, em episódios relacionados às chuvas em Mina Gerais; um registro recorde dos últimos cinco anos. Até então, o maior número de mortes havia sido 18, nas temporadas 2016/2017 e 2018/2019.

A maioria das mortes registradas, na última semana, aconteceu após soterramentos, desabamentos e desmoronamentos de terra. Com o solo encharcado, os deslizamentos de terra derrubaram casas em várias cidades.

Desabamentos

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais registrou 199 desabamentos, desmoronamento ou colapso de estruturas após as chuvas. Foram realizadas 1.254 vistorias em áreas de risco. Em alguns casos, partes de barrancos já cederam, mas sem grandes danos estruturais.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), classificou os danos causados pelas chuvas, como o maior desastre da história da cidade, desde a sua fundação, em 1897. Ele afirmou que irá pedir entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões ao governo federal, para as obras de recuperação da estrutura da cidade.

Na tarde desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro desembarca em Belo Horizonte, para avaliar os danos causados pelas chuvas. A programação prevê que ele faça um sobrevoo sobre as regiões afetadas, ao lado do governador Romeu Zema (Novo). (João Pedro Pitombo/Folhapress)

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