O isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus faz com que muitas crianças transformem a casa em um verdadeiro playground. O resultado são alguns arranhões aqui, pequenos hematomas acolá e até mesmo fraturas graves.
Para ajudar pais e demais responsáveis por esses “anjinhos” a lidarem com os traumas dentários decorrentes desses acidentes domésticos, o professor Valdir Cabral Andrade, do Departamento de Odontologia do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV), elaborou três cartilhas sobre as principais lesões que acometem os dentes da criançada.
O docente chama a atenção para o fato de que as sequelas nos dentes, gengiva, língua, bochecha, lábios e outras mucosas da boca nem sempre são visíveis e sintomáticas e que, por isso, exigem uma atenção especial. “O sucesso no tratamento está diretamente relacionado com a rapidez e a eficiência nos primeiros socorros. A melhor conduta é feita no momento do trauma e, por falta de conhecimento dos pais e/ou responsáveis, geralmente o primeiro atendimento ocorre em prontos-socorros, consultórios odontológicos e postos de saúde, o que pode acarretar em um mau prognóstico do trauma”, afirma Andrade.
Como a ação rápida faz toda a diferença no sucesso do tratamento, é importante conhecer as condutas a serem seguidas em caso de traumas. E é justamente isso o que as cartilhas fazem. Nelas é possível saber o passo a passo quando, por exemplo, após um acidente doméstico o dente quebra, cai (avulsão), fica “bambo” (extrusão) ou entra no osso (intrusão).
