[the_ad id="288653"]

Camisas do Campeonato Brasileiro: exposição exibe acervo que exala a paixão nacional

FOTO: Fred Seixas

GOVERNADOR VALADARES – Modelos históricos das 20 principais equipes do futebol brasileiro nesta temporada. A exposição “Camisas do Campeonato Brasileiro 2024” traz todo um acervo que exala a grande paixão nacional. As peças estão em exibição na Galeria Monhangara, no segundo andar do Teatro Atiaia, até o dia 6 de junho.

Dono das camisas e um assíduo colecionador, Walderez Ramalho, agente da FIFA, se encanta com o desenvolvimento do material esportivo com o passar dos anos. De acordo com Ramalho, os modelos utilizados na década de 1980 possuem um lugar especial em seu coração. “O que eu mais gosto é da década de 80. O material era mais firme, são camisas mais grossas. São camisas mais representativas pra gente. É a nostalgia. Hoje em dia está muito carregado de informações”, comenta.

Entre acervo, contudo, há em exposição uma das camisas favoritas de Walderez. A peça, camisa número 1 utilizada pelo Grêmio em 1988, chama a atenção pelos detalhes marcantes típicos da época, como os cortes e costuras em evidência. Todavia, o expositor revela que uma história envolvendo um desacordo entre o tricolor gaúcho e a Coca-Cola, patrocinador oficial, torna o modelo ainda mais especial.

“Essa camisa é especial para mim. Quando a Coca-Cola fez uma ação com os clubes da Serie A, não me lembro se era Copa União, todos assinaram de acordo. Mas quando chegou a vez do Grêmio, o Grêmio disse que não assinaria pelo fato de não manchar a camisa de vermelho. Que é o Internacional, o grande rival. Isso aí ficou debatendo e eles tiveram que mudar e colocar preto na camisa”, explica Walderez.

Efeito Zico

Seguindo pelos anos 80, não há como não citar o poderoso Flamengo. Liderado por Zico, em 1981, o Urubu conquistou não só a Libertadores, mas também coloriu o mundo com as cores rubro-negras ao levantar a taça da Copa Intercontinental. Para o dono do acervo, é quase impossível não expor a camisa assinada pelo Galinho de Quintino.

“Essa aqui é muito especial porque eu presenciei muito esse time jogar. Aqui, inclusive, tem o livro do Zico escrito pelo Marcos, meu amigo Marcos Neves. “Efeito Zico”. E a LuBRax perdurou muito tempo no Flamengo. Acho que foi uma das primeiras patrocinadoras que teve no futebol”, pontua.

FOTO: Kissyla Pires

Tricolor de Santa Catarina

O colecionador relembra com carinho a assinatura de um amigo que se foi no acidente da Chapecoense, em 2016. O jovem técnico Caio Júnior teve uma passagem pelo Criciúma ainda em 2013, ano em que o Tigre permaneceu na elite do futebol brasileiro.

“É um detalhe muito significante. Essa camisa aqui foi quando o Criciúma estava na 1ª Divisão; não me recordo o ano. Quem assinou essa camisa para mim foi um grande amigo que hoje não está entre a gente, o Caio Júnior, que foi embora naquele trágico acidente da Chapecoense”, disse ao mostrar o modelo do tricolor de Santa Catarina.

Nesse ínterim, vale ressaltar que a exposição é aberta ao público e gratuita.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM