Cidade baiana também é sede do berço da civilização nacional e conta com patrimônios culturais mundiais
Terra do axé, do dendê, do acarajé, berço da cultura afro-brasileira e primeira capital do Brasil. São inúmeras as denominações que a cidade de Salvador (BA) possui no cenário turístico e cultural nacional. A capital baiana fez e faz parte da história do Brasil, sendo palco de grandes acontecimentos que marcaram a sua formação e chegaram até ao marco da independência do país. Diante de tamanha importância, a capital baiana será, na quarta-feira (31), o destino do segundo episódio da série “Caminhos do Bicentenário”, produzido pela Agência de Notícias do Turismo.
Fundada em 1549, Salvador (BA) se tornou a primeira capital do país por estar localizada em área de maior extração de pau-brasil e por ser a principal produtora de açúcar. A cidade também tinha como ponto forte a sua localização, que facilitava a exportação desses produtos para outros países. Além disso, a capital baiana foi palco de grandes conflitos entre os portugueses e os indígenas, que marcaram a sua fundação. Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral do país e teve como homenagem uma praça em seu nome, situada no Centro Histórico de Salvador, um dos principais atrativos turísticos do destino e Patrimônio Mundial da Unesco.
E é da Praça Tomé de Souza que começa a nossa viagem. O local é considerado o berço da civilização brasileira e recebeu o título de primeiro espaço criado com a finalidade de concentrar os prédios da administração pública, construídos no século XVI. Lá está situado o Palácio Tomé de Souza, sede atual da prefeitura municipal; o Palácio Rio Branco, antigo prédio do governo do estado; a Câmara de Vereadores de Salvador; além de possuir, ao fundo, o Elevador Lacerda e a baía de Todos os Santos, a maior baía do Brasil e a segunda do mundo, sendo dona do título de capital da Amazônia Azul.
O Centro Histórico também guarda o Museu da Misericórdia, que traz mais de três mil peças catalogadas que contextualizam quase 500 anos de história da cidade. Entre as peças, os turistas podem apreciar uma cadeira feita exclusivamente para a visita de Dom Pedro II, no ano de 1859. Podem apreciar, ainda, artigos que relembram acontecimentos de saúde, políticos e sociais da capital baiana, como, por exemplo, um armário de 1867 que foi feito exclusivamente para guardar os frascos com remédios do Hospital da Caridade. Outra maravilha que o museu guarda é a bela vista da Baía de Todos os Santos.
Outro monumento que não pode faltar na história de Salvador (BA) é o Farol da Barra, que faz parte do Forte Santo Antônio da Barra. Construído em 1536, com a torre erguida em 1839, em homenagem ao nascimento de Dom Pedro II, o local é parada obrigatória para uma selfie e para a observação do pôr do sol. A fortificação abriga também o Museu Náutico da Bahia, com objetos históricos submersos há cerca de 300 anos e que auxiliam na compreensão da navegação no território baiano.
Não podíamos deixar de falar da Basílica do Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, ou a famosa “Igreja do Bonfim”. O santo é o padroeiro do estado da Bahia e o seu templo religioso é um dos mais conhecidos e visitados de Salvador. Construída entre 1746 e 1754, a igreja tinha o intuito de abrigar a imagem de Nosso Senhor do Bonfim, que veio diretamente de Portugal. Ao seu redor está a tradicional grade onde são amarradas as fitinhas do Bonfim e é na sua escadaria que acontece a famosa lavagem, considerada a festa religiosa mais importante do estado e a segunda festa popular que atrai mais turistas, só perdendo para o Carnaval.
MONUMENTOS – Além desses históricos monumentos, Salvador tem no Pelourinho outro ponto que deve ser visitado. Lá, os turistas podem conferir mais de 800 casarões de séculos passados. Nele, também está o Museu Tempostal, um dos acervos mais completos do país, com cerca de 45 mil peças. O Teatro XVIII, o Mercado Modelo, a Lagoa do Baeté, o Cristo da Barra e o Elevador Lacerda (um de seus cartões postais) são outros dos principais pontos turísticos culturais da cidade. Os bairros locais também se destacam: o Rio Vermelho é muito visitado por causa do Largo de Santana, o Mercado do Peixe e o preço mais acessível. No Solar do Unhão, por sua vez, pode-se apreciar, além de um belo pôr do sol e uma vista para a Baía de Todos os Santos, um museu e várias esculturas interessantes.
Por Victor Maciel
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo