SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Instituto Butantan recebeu uma nova remessa da matéria-prima para fabricação da vacina contra o coronavírus, a Coronavac, nesta quinta-feira (4). Com o lote de 8,2 mil litros do insumo, o instituto deve envasar 14 milhões de doses do imunizante para entrega ao Ministério da Saúde.
Segundo o governo do estado, esta é a maior remessa do produto recebida até o momento. A carga – recepcionada no aeroporto pelo governador João Doria (PSDB), o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas – desembarcou por volta das 6h.
Atualmente as vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Brasil são a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, que tem um acordo com o governo do estado de São Paulo para fabricação no Instituto Butantan, e a Covishield, criada pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. O governo federal tem um acordo para produção da Covishield pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Desde fevereiro, o Butantan tem recebido remessas regulares da matéria-prima para a vacina. No instituto, o imunizante é envasado, rotulado, embalado e passa ainda por um controle de qualidade.
O Butatan já repassou ao Ministério da Saúde 14,45 milhões de doses da vacina. A previsão é de que até o final de março sejam entregues mais 21 milhões de unidades do imunizante. O acordo do instituto com o ministério prevê a entrega de 100 milhões de doses.
“O que mais precisamos é de vacinas, não apenas a do Butantan mas de outras também”, afirmou o governador João Doria. “Nós estamos entrando nas duas mais graves semanas da Covid-19. Estamos à beira do colapso em todo Brasil, só há uma salvação, além dos cuidados do uso de máscara e não aglomerações, são as vacinas”, disse Doria.