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Brasileiros são acusados de fraudar contas de aplicativos para beneficiar motoristas nos EUA

Dezenove brasileiros foram indiciados na sexta-feira, dia 7, por envolvimento em um esquema para criar contas fraudulentas de motoristas em várias aplicativos de empresas que atuam com viagens compartilhadas e entrega de alimentos. As prisões ocorreram em várias partes do país, mas a maioria foi em Massachusetts.

De acordo com as autoridades, os réus usavam identidades roubadas para abrir as contas e depois eles as alugavam ou vendiam para motoristas que não possuíam requisitos para esse tipo de serviço.

O esquema também envolveu o uso das contas fraudulentas para explorar os programas de bônus de referência dos aplicativos e o uso de “bots” automatizados e tecnologia de falsificação de GPS para aumentar a receita obtida com as contas fraudulentas.

As autoridades estimam que as identidades de mais de 2.000 vítimas foram roubadas e usadas como parte do esquema.

“Esse esquema era muito grande, violou a privacidade dos clientes e permitiu que motoristas não qualificados trabalhassem em serviços de transporte compartilhado e entrega de comida”, disse o Procurador em exercício dos EUA, Nathaniel R. Mendell.

“Milhões de nós contam com esses serviços todos os dias para transporte e para a entrega de refeições e mantimentos em casa. Eles são uma parte importante da economia, especialmente agora. Os acusados se aproveitaram disso para roubar as identidades dos clientes ao fazer entregas e usar essas identidades para configurar contas fraudulentas. Eles entregavam essas contas para motoristas não qualificados que não podiam atender às qualificações mínimas, não eram elegíveis para trabalhar nos Estados Unidos ou não podiam passar por uma verificação de antecedentes criminais. Isso é ilegal. Eu encorajo as pessoas que acreditam que possam ter sido vítimas dessa fraude a entrar em contato com meu escritório”, continuou.

Agente encarregado da Divisão de Boston do Federal Bureau of Investigation, Joseph R. Bonavolonta afirmou ainda que os brasileiros são acusados ​​de executar o golpe em todo o país e que arrastaram milhares de pessoas inocentes para o esquema, roubando suas identidades. “Eles pensaram que seria uma maneira fácil de gerar algum dinheiro rápido, mas, ao fazer isso, comprometeram a segurança pública ao colocar pessoas ao volante que não conseguiriam empregos nessas empresas por conta própria”, disse. “Esse grande esquema fraude teria sido mais difícil de detectar se não fosse a ajuda das empresas neste caso, que estão fazendo um esforço de boa fé para erradicar a fraude e melhorar a segurança de seus clientes”, acrescentou.

A denúncia alega que o esquema opera desde janeiro de 2019 e continuou até abril deste ano. Nesse período, os réus conspiraram entre si e com conspiradores adicionais para fraudar pelo menos cinco empresas de transporte e entrega diferentes. O esquema envolvia a obtenção de imagens das carteiras de habilitação e números do Seguro Social das vítimas.

Como resultado do esquema, os Formulários 1099 do Internal Revenue Service (Imposto de Renda) foram gerados em nomes das vítimas que tiveram suas identidades roubadas.

Os seguintes réus foram presos e acusados ​​de conspiração para cometer fraude eletrônica:

Wemerson Dutra Aguiar, 25, ex-residente de Lynn e Woburn, Massachusetts;

Priscila Barbosa, 35, residente em Saugus, Massachusetts;

Edvaldo Rocha Cabral, 41, residente de Lowell;

Clovis Kardekis Placido, 37, residente de Citrus Heights, Califórnia.

Guilherme Da Silveira, 28, residente de Revere, Massachusetts;

Flavio Cândido Da Silva, 35, residente de Revere, Massachusetts;

Altacyr Dias Guimarães Neto, 34, residente de Kissimmee, Flórida;

Bruno Proêncio Abreu, 28, residente de Saugus, Massachusetts;

Jordano Augusto Lima Guimarães, 34, residente de Salem, Massachusetts;

Alessandro Félix da Fonseca, 25, residente de Revere, Massachusetts;

Nove réus permanecem foragidos

As autoridades orientam as pessoas que acreditam ter sido vítimas desse esquema para acessar o link https://bit.ly/3y05HmE

As acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica preveem uma sentença de até 20 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e uma multa de US $250.000. As sentenças são impostas por um juiz do tribunal distrital federal com base nas Diretrizes de Sentenciamento dos EUA e outros fatores estatutários.

As investigações e prisões contaram com o apoio da Polícia do Estado de Massachusetts, Departamento de Polícia de Concord, Departamento de Polícia de Lexington, Departamento de Polícia de Plymouth, Departamento de Polícia de Wilmington, Departamento de Polícia de Marlborough, Departamento de Polícia de Village of Rye Brook (New York), Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras, Serviço de Inspeção Postal dos EUA e o National Crime Insurance Bureau.

Os detalhes contidos nos documentos de acusação são alegações. Os réus são presumidos inocentes, a menos e até que seja provada a culpa em um tribunal.

O advogado Danilo Brack, que é especialista em imigração, afirmou que alguns dos acusados podem ter problemas com o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) e serão deportados depois cumprir a sentença. “Oriento às famílias a que procurem por advogados criminalistas, pois eles enfrentarão acusações criminais antes de enfrentar a justiça de imigração”, finaliza. (Fonte: Brazilian Times)

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