Na terça-feira, dia 12, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou que o brasileiro José Carlos Grubisich foi condenado a 20 meses de prisão. De acordo com informações, ele fazia parte de um esquema de corrupção que elaborou um fundo secreto milionário que era usado para subornar funcionários públicos e partidos políticos do Brasil, garantido contratos com a Petrobras.
Através do esquema, que ocorreu entre 2002 e 2014, José Carlos pagou propina para que a Braskem e a Odebrecht fossem beneficiadas. Ambas as empresas assumiram a culpa durante um acordo feito com a justiça dos Estados Unidos. Um comunicado emitido pelo Departamento de Justiça afirma que “o brasileiro e seus parceiros desviaram aproximadamente US$ 250 milhões para um fundo secreto”.
José Carlos declarou-se culpado por violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês), incluindo conspiração para forjar registros e fraude de relatórios financeiros da Braskem.
Além da pena de 20 meses, ele terá confiscados US$ 2,2 milhões e pagará uma multa extra de US$ 1 milhão.
Os registros judiciais mostram que José Carlos foi preso em novembro de 2019, no aeroporto John F. Kennedy, em New York. Na época, ele foi acusado de conspiração para lavagem de dinheiro com risco de fuga.
Depois de pagar uma fiança de US $30 milhões, ele foi solto em abril de 2020.
José Carlos tem 64 anos de idade e liderou a Braskem entre 2002 e 2008. Além disso, ele também ocupou vários cargos na Odebrecht. Depois ele se tornou presidente-executivo da fabricante de celulose Eldorado Brasil, de onde saiu em 2017.
A acusação diz que como presidente da Braskem, ele ajudou a encobrir o esquema, falsificando os livros da empresa e assinando certificações falsas à reguladora do mercado de capitais nos EUA. Brazilian Times
