Brasil tem 1.086 novas mortes por coronavírus e total de óbitos passa de 25 mil

por NATÁLIA CANCIAN E PHILLIPPE WATANABE
da FOLHAPRESS

O Brasil registrou 1.086 novas mortes por coronavírus e 20.599 novos casos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (27). Assim, o total de óbitos é de 25.598, e de casos confirmados, 411.821.

Foi o segundo maior número de novos casos em 24 h registrado nos últimos três meses —o recorde foi na sexta (22), com 20.803. O recorde diário de mortes registradas em um dia é da última quinta-feira (21), com 1.188 novos óbitos.

Das 1.086 novas mortes confirmadas nesta quarta, 500 ocorreram nos últimos três dias, quase metade do total.

O número real de casos e mortes, porém, pode ser maior, já que há subnotificação e amostras à espera de análise. Atualmente, o país soma 4.108 mortes ainda em investigação.

Balanço do ministério estima ainda que 166.647 pessoas, o equivalente a 40,5% dos casos, já se recuperaram da Covid-19. Outras 219.576 ainda estão sob acompanhamento.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA), o Brasil é o segundo país com mais casos da doença. Em números absolutos, fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 1,6 milhão de casos e nesta quarta atingiram a marca tétrica de 100 mil mortes por Covid-19.

Em número de mortes, o Brasil é o sexto país mais afetado. Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (100 mil), Reino Unido (37 mil), Itália (33 mil), França (28 mil) e Espanha (27 mil).

O Brasil, porém, ainda segue com tendência de aumento na curva de casos, diferentemente de outros países, segundo o Ministério da Saúde.

Um dos principais modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar números sobre o coronavírus atualizou com piora o cenário no Brasil e projeta mais de 125 mil mortes no país até agosto.

No meio de maio, quando o IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, divulgou pela primeira vez dados sobre o Brasil, a previsão era de que 88.305 pessoas morressem por Covid-19 até 4 de agosto no país.

Nesta segunda-feira (25), porém, após o crescimento vertiginoso de casos e mortes em território brasileiro nas últimas semanas, e o país ter passado a ser o epicentro da pandemia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o instituto americano também atualizou os números para pior.

São Paulo ainda é o estado com maior número de registros, com 89.483 casos confirmados e 6.712 mortes. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro (com 42.398 casos e 4.605 mortes) e o Ceará (37.275 casos e 2.671 mortes).

Atualmente, as regiões Norte e Nordeste registram a maior incidência da doença, parâmetro que considera o total de casos pela população.

Embora fiquem abaixo de outros estados em número de casos, Amapá e Amazonas lideram quando observado esse indicador. O primeiro tem 900,9 casos a cada 100 mil habitantes. Já o segundo tem 808,5 casos a cada 100 mil habitantes.

Já o estado com menos incidência é o Paraná, com 32,5 casos a cada 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde, porém, tem alertado de que há possibilidade de aumento de casos na região Sul devido à entrada dessa região em um período de maior sazonalidade de vírus respiratórios.

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