Confirmando anúncio feito no início do mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, 25, decreto que acaba com o horário de verão. A medida foi tomada durante solenidade no Palácio do Planalto, a qual reuniu autoridades como o vice-presidente Hamilton Mourão, o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Ao discursar, Bolsonaro fez um aceno aos parlamentares, afirmando que o governo está aberto para receber sugestões de medidas que possam ser implantadas através de decreto, reconhecendo a “dificuldade” de aprovar alguma lei no Congresso. “Muito difícil, quase como ganhar na Mega Sena. Um decreto tem um poder enorme, como esse assinado agora. A todos os senhores, aos demais, o governo está aberto. Quem tiver qualquer contribuição para dar via decreto, nós estamos à disposição dos senhores”, afirmou.
Criado com a finalidade de economizar energia e aproveitar o maior período de luz solar durante os meses mais quentes do ano – quando os dias também são mais longos – a medida foi adotada no Brasil pela primeira vez em 1931 e em caráter permanente a partir de 2008.
De acordo com Bolsonaro, a decisão de acabar com a medida foi tomada após estudos que mostraram não haver mais razão de continuar com o horário de verão, em função das mudanças no consumo de energia que ocorreram nos últimos anos.
Em 2008, ficou definido que o horário de verão começaria no primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até o segundo domingo do mês de fevereiro do ano subsequente, em parte do território nacional. Só haveria mudança em ano que houvesse coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval.
por Amanda Pupo | Agência Estado