Auditorias comprovam segurança do sistema eletrônico de votação

Emissão da zerésima e do boletim de urna também ajudam a assegurar a lisura e transparência do processo eleitoral

No último domingo (15), quando aconteceu o 1º turno das Eleições 2020, diversos procedimentos realizados nas seções eleitorais e na sede do TRE-MG mostraram que o sistema eletrônico de votação adotado no Brasil é seguro e confiável.

Quando são preparadas com o software de votação e os dados de candidatos e eleitores, as urnas recebem diversos lacres, que impedem que elas sejam manipuladas antes do dia da eleição. Em todas as 44.342 seções eleitorais de Minas Gerais, antes de iniciar a votação os mesários conferiram esses lacres, para se certificar de que a urna não estava violada. Em seguida, imprimiram a zerésima, documento que mostra que não há nenhum voto registrado naquela urna eletrônica antes de iniciar a votação.

No encerramento da votação, em cada seção eleitoral é emitido o boletim de urna, um extrato dos votos que foram depositados para cada candidato e cada legenda, sem fazer nenhuma correspondência entre o eleitor e o voto. O BU também informa qual seção eleitoral o emitiu, qual urna e ainda o número de eleitores que compareceram e votaram.

São impressas cinco vias do BU, que são assinadas pelo presidente da seção eleitoral e por representantes ou fiscais dos partidos políticos presentes. Uma é afixada na porta da seção, para dar publicidade ao resultado; três são juntadas à ata da seção e encaminhadas ao cartório eleitoral; e a última via é entregue aos representantes ou fiscais dos partidos que estejam presentes.

Todas as vias têm um QR code, que pode ser registrado por qualquer pessoa com o auxílio do aplicativo Boletim na Mão, da Justiça Eleitoral.

Os boletins lidos pelos eleitores com o aplicativo podem, depois, ser comparados com o resultado de cada seção eleitoral, que já está disponível no site do TSE. Basta selecionar “Eleição ordinária 2020 – 1º turno”, e no tipo de consulta, Boletim de Urnas. Em seguida, indicar o estado, município, zona eleitoral e seção eleitoral.

Auditorias

No dia 14, véspera da eleição, 15 seções eleitorais foram sorteadas para passar por dois tipos de auditoria. Dez foram submetidas à auditoria de verificação da autenticidade e integridade dos sistemas instalados na urna eletrônica.

Em oito seções eleitorais do interior e duas de Belo Horizonte, antes de imprimir a zerésima os mesários romperam os lacres para conferir a integridade dos dispositivos inseridos nas urnas eletrônicas e emitiram um relatório contendo os hashes (resumos digitais) e assinaturas dos programas instalados no equipamento.

Essas informações poderão ser conferidas com as que estão disponíveis no site do TSE, para checagem se são os mesmos sistemas assinados na cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais.

Em outras cinco seções eleitorais, sendo quatro no interior de Minas e uma na capital, as urnas eletrônicas que estavam preparadas para uso na votação foram trazidas para a sede do TRE no sábado (14) e substituídas por urnas de reserva.

No dia 15, elas passaram pela auditoria de funcionamento da urna eletrônica(votação paralela). Cédulas de papel foram preenchidas com votos aleatórios nos candidatos de cada município sorteado e colocadas em urnas de lona no decorrer da tarde do dia 14.

No dia da eleição (15), os votos de cada urna de lona foram replicados nas respetivas urnas eletrônicas. Ao final do dia, foi feita a apuração dos votos de papel e o resultado foi comparado com o que está no boletim da urna eletrônica associada a cada urna de lona.

O procedimento atestou que o resultado foi o mesmo nas urnas de lona e nas eletrônicas, ou seja, nenhum voto digitado na urna eletrônica foi apagado ou alterado.

É importante ressaltar que essa votação da auditoria de funcionamento da urna eletrônica foi simulada e os votos não foram computados no resultado da votação real.

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