[the_ad id="288653"]

Aprendiz de Guardiola, Milito quebra tabu de 50 anos

FOTO: Pedro Souza / Atlético

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI

BELO HORIZONTE (UOL/FOLHAPRESS) – Aprendiz de Pep Guardiola, Gabriel Milito quebrou um jejum de 50 anos ao levar o Atlético-MG para a final da Libertadores da América.

Milito é o primeiro técnico argentino finalista da Libertadores em 50 anos dirigindo uma equipe brasileira. O treinador do Galo eliminou o River Plate para enfrentar Botafogo ou Peñarol na decisão.

O último a conseguir tal feito foi o ex-goleiro José Poy, finalista da competição continental de 1974 com o São Paulo. O tricolor acabou derrotado pelo Independiente.

O comandante atleticano chegou a tempo de vencer o Campeonato Mineiro e levou o clube às finais da Libertadores e Copa do Brasil em sete meses de trabalho.

APRENDIZ DE GUARDIOLA

Milito foi comandado por Guardiola no Barcelona e aprendeu muito no dia a dia com o atual treinador do Manchester City.
Ex-zagueiro, Milito teve vários problemas no joelho e aproveitou o tempo de recuperação para observar Guardiola trabalhar. Ele já sabia ali que queria ser técnico.

O treinador do Galo admite a inspiração, mas entende que tem conceitos próprios. Em comum, há a vontade de dirigir times protagonistas.

“Aprendi muitos conceitos que ele [Guardiola] me passou, mas tenho meus próprios ideais de jogo e tento aplicar. É muito difícil ser técnico. Não se pode imitar outro. Nós fazemos os jogadores jogarem, mas, primeiro, tenho que transmitir confiança. Isso ajuda que o time consiga jogar como queremos. Se eu não me convenço, os jogadores têm dúvida. E eu não tenho dúvida, estou convencido”, disse Milito, na sua apresentação pelo Atlético-MG.

Milito encontrou soluções no Galo como Gustavo Scarpa na ala direita. Ele nunca teve um treino com elenco completo por causa de lesões ou convocações para seleções.

O Atlético analisou bem o mercado antes de contratar Gabriel Milito, que já havia estado na mira do Cruzeiro. O bom trabalho pelo Argentinos Juniors e essa veia ofensiva foram determinantes pela escolha do irmão de Diego Milito, ex-atacante ídolo da Internazionale.

O Galo acertou na decisão e precisou bancar seu treinador durante uma forte turbulência. Milito ficou os 12 primeiros jogos sem perder, mas depois teve seis derrotas no mesmo intervalo de 12 partidas. A torcida chiou e houve pressão por troca no comando, porém, a diretoria bancou o agora finalista da Libertadores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM