O Atlético não precisava da vitória para ser campeão mineiro de 2021. Depois do empate em 0 a 0 no primeiro jogo da final contra o América, outra igualdade lhe servia para ficar com a taça ter tido a melhor campanha na fase de classificação.
Foi o que aconteceu. Novo placar de 0 a 0 neste sábado (22), no Mineirão, deu ao time alvinegro o 46º título estadual de sua história. É a quarta conquista do técnico Cuca no torneio. Ele já o havia vencido em 2011 pelo Cruzeiro e em 2012 e 2013 pelo Atlético.
A toada dos 180 minutos que decidiram a competição foi a mesma. O América esteve melhor posicionado defensivamente. O Atlético não tinha imaginação ou necessidade de furar essa barreira. Quando teve uma chance preciosa para ser campeão, o time comandado por Lisca não soube aproveitar.
O Atlético não mostrou grande futebol neste sábado. Se no primeiro tempo tentou tomar a iniciativa do jogo e teve maior posse de bola, na etapa final se conformou com um empate que lhe era suficiente. Só levou algum perigo em cobranças de faltas e escanteios.
O sistema de marcação do América anulou as principais opções ofensivas do rival. A principal questão para a equipe era a necessidade de fazer o gol, já que também não conseguia construir lances de para abrir o placar.
A dificuldade em entrar na área do adversário irritou os jogadores do Atlético, em parte, também por causa da atuação do árbitro Felipe Fernandes de Lima. Hulk deixou o gramado, no intervalo, se queixando de que todos os lances, para o juiz, eram faltas. Ele não deixava, na opinião do atacante, a partida fluir.
De fato, Lima cometeu um erro aos 3 minutos do 2º tempo ao assinalar um pênalti inexistente De Igor Rabello em Felipe Azevedo. O VAR confirmou a marcação e a cobrança ficou para Rodolfo, artilheiro do Campeonato Mineiro, com 7 gols. Era a chance que o América esperava para chegar ao título que não conquistava desde 2016. Mas o centroavante acertou o travessão.
Com o passar dos minutos, o Atlético administrou o resultado. Esta era o papel do América, que não tinha força para tal a ainda reclamou, nos acréscimos, de outro pênalti, desta vez não marcado. Apesar de ser superior taticamente ao adversário, não conseguiu criar nenhuma oportunidade real para marcar, além do penal desperdiçado.
ATLÉTICO-MG – Everson; Guga, Rabello, Alonso, Arana; Jair (Zaracho), Tchê Tchê, Nacho (Hyoran); Savarino (Vargas), Keno (Marrony) e Hulk. Técnico: Cuca.
AMÉRICA-MG – Matheus Cavichioli, Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann, Marlon (Giovanni); Zé Ricardo, Alê, Juninho (Ramon); Felipe Azevedo (Leandro Carvalho), Ademir (Bruno Nazário) e Rodolfo (Ribamar). Técnico: Lisca. FOLHAPRESS
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0x0 AMÉRICA-MG
Motivo: 2º jogo da final do Campeonato Mineiro 2021
Data: 22 de maio de 2021 (Sábado) Horário: 16h30
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima
Cartão Amarelo: Tchê Tchê, Arana e Hulk (CAM); Anderson e Leandro Carvalho (AFC)
Cartão vermelo: Lohan (AME)