Embora processo de imunização contra a Covid-19 já tenha começado, representantes da SES-MG reforçam importância em manter os cuidados básicos
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou coletiva de imprensa nessa quinta-feira (11), com objetivo de reforçar a importância dos cuidados de prevenção à covid-19 durante o período do Carnaval. Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, também atualizou a situação da vacinação em Minas.
“Há uns 14 dias começamos a perceber o início de uma redução na ocupação de leitos no Estado. Chegamos a ter 74% de ocupação e, hoje variamos entre 70 e 71%. Por isso é muito importante reforçar junto aos mineiros a necessidade de reforçar os cuidados durante o Carnaval, para que não tenhamos uma mudança significativa no perfil epidemiológico que vem se construindo como um cenário favorável à queda nos números”, explicou.
Vacinação
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-MG, Janaína Passos, explicou que, embora a vacinação já esteja em andamento no estado, isso não impede totalmente a transmissão da doença mas sim o agravamento que pode ser causado pela doença. “A exemplo da situação de Israel, podemos observar que, mesmo iniciando o processo de imunização, o número de casos e de óbitos não tendeu a baixar rapidamente”, destacou.
Carlos Eduardo Amaral destacou que a proteção é uma construção coletiva da qual todos precisam participar. “Por isso segue sendo indispensável manter os cuidados básicos, como uso de máscara, distanciamento e lavagem adequada das mãos”.
Até o momento, Minas Gerais já recebeu 1.171.180 doses do Ministério da Saúde, para a Campanha de Vacinação contra a Covid-19. Já foram aplicadas 354 mil 787 vacinas, como primeira dose e 60.982 como segunda.
“As vacinas que temos hoje no território apresentam 100% de eficácia para casos graves. Por isso são destinadas neste momento aos idosos, que compõem um grupo com mais risco de complicação”, detalhou Janaína Passos.
Em remessas anteriores de doses recebidas, foram vacinadas pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas, pessoas com deficiência institucionalizadas, população indígena vivendo em laldeias e trabalhadores de Saúde que atuam na linha de frente de atendimento aos casos de covid.
O secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, destacou que “o Programa Nacional de Imunizações (PNI), decorrente de uma lei federal, cria grupos prioritários e segue critérios objetivos justamente para que se tenha controle e isonomia em relação à vacinação nos municípios.
Balanço
Com relação ao desenvolvimento da Campanha de Vacinação contra covid-19 em Minas Gerais, Janaína Passos detalhou o cenário.
“Fazendo um cálculo aproximado, se considerarmos as 577 mil doses do primeiro envio da Coronavac e as 87 mil do segundo envio dessa mesma fabricante, temos cerca de 667 mil doses. Como são 2 doses para cada pessoa, dividimos esse número e temos aproximadamente 334 mil pessoas. Mais as 190 mil vacinas da AstraZenec (destinadas à primeira dose), chegamos ao número de 525 mil, que é o quantitativo sobre o qual devemos pensar. São 525 mil doses para a população (d1 e d2) e, neste momento, nós temos 354 mil doses aplicadas”, explicou a subsecretária.
“É importante deixar claro que a vacinação em Minas Gerais não está atrasada. A campanha vem ocorrendo de forma planejada e ordenada, com a distribuição progressiva das doses aos municípios mineiros”, afirmou o secretário de Saúde.
Próximas remessas
Carlos Eduardo Amaral também falou sobre a expectativa de envio, por parte do Ministério da Saúde, de novas remessas de doses da vacina contra Covid-19. De acordo com o secretário, embora haja uma alta demanda por vacinas em todo o mundo, o que acaba por gerar atrasos na chegada das doses, algumas sinalizações indicam uma melhora no cenário.
“O Instituto Butantan está produzindo vacinas e a expectativa é de que ainda em fevereiro ocorra a entrega de mais um lote de doses. O Consórcio Covax, que é um dos grupos em que o MS adquiriu vacinas da AstraZeneca, comunicou que forneceria vacinas ainda em fevereiro. Já em relação à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), há a expectativa de que a fábrica da instituição possa começar a produzir doses também da AstraZeneca, o que possibilitará a chegada de quantitativos maiores ao Estado”, detalhou.
Ainda de acordo com Carlos Eduardo Amaral, espera-se que em abril, boa parte da população com mais de 60 anos já esteja vacinada.