Acusada de mandar matar o marido, mulher pode perder herança e terá que indenizar irmãos da vítima, diz MP

IMAGEM ILUSTRATIVA: PMMG

ENGENHEIRO CALDAS – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça Única de Tarumirim, ingressou com uma Ação Civil Pública de exclusão de herdeira por ato de indignidade contra uma mulher acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido. O crime ocorreu em 1º de setembro de 2023, na zona rural de Engenheiro Caldas, no Vale do Rio Doce.

A ação foi movida em defesa dos irmãos idosos da vítima e acompanha outro pedido judicial, que exige que a ré pague R$ 500 mil por danos morais aos familiares do homem assassinado.

Segundo o Ministério Público, a acusada teria planejado o crime em conluio com o amante, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Para executar o plano, ambos teriam contratado um terceiro homem, mediante promessa de pagamento.

De acordo com a investigação, a mulher atraiu o marido até uma estrada isolada com o argumento de visitar uma propriedade à venda. No local, previamente combinado com os comparsas, o casal foi abordado pelos executores. O homem contratado efetuou diversos disparos de arma de fogo contra a vítima, que morreu no local.

A cena do crime foi forjada para parecer um latrocínio, numa tentativa de enganar a perícia e a polícia. No entanto, a investigação apontou que o homicídio foi praticado por motivo torpe, com traição, emboscada e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

A mulher já foi pronunciada na esfera criminal e deve ser julgada pelo Tribunal do Júri, mas atualmente está foragida da Justiça.

A Promotoria pede ainda o bloqueio imediato dos bens da acusada, avaliados em R$ 126.937,95, para garantir o eventual pagamento da indenização e impedir a dilapidação do patrimônio.

Segundo o promotor de Justiça Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro, responsável pelo caso, a ação busca impedir que a acusada se beneficie financeiramente do crime e garantir reparação aos irmãos da vítima.

“A medida reafirma o compromisso do Ministério Público com a defesa da vida, da família e da moralidade, buscando assegurar que a responsável pelo crime não se beneficie financeiramente do ato e que os familiares da vítima recebam a devida reparação pelos danos sofridos”, destacou o promotor.

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