O contratempo está afetando várias ruas. Moradores reclamam que não têm água nem para lavar vasilhas e o desespero já começa a tomar conta da população. O problema é causado por um possível vazamento que está impedindo a recuperação total do reservatório localizado no bairro Vila Rica
Quatro dias sem água em alguns bairros da cidade e o desespero já começa a tomar conta dos moradores. Alguns deles contam que não chega água desde segunda-feira, 21. O que tem não dá nem para a descarga nos banheiros. Em alguns lugares a água chega, mas somente à noite, com pouco volume, e quase não dá para encher baldes e bacias.
Julvana Pires conta que na casa dela, na rua Rosa Negreli, no bairro São Cristóvão, não chega água desde segunda-feira. “São oito pessoas na minha casa, sendo cinco crianças, e desde quarta-feira não temos água para tomar banho. Com esse período de férias e o calor constante, está desesperador, pois a criançada está toda em casa”.
Já a professora Simone de Castro, moradora do bairro Jardim Pérola, conta que não tem água nem para lavar as vasilhas. “Terça-feira à noite a água que eu tinha reservada na caixa acabou. Estou sem lavar vasilhas. Mas realmente o que me preocupa são os banheiros; não tem como lavar e muito menos dar descarga. Banho estou tomando na casa de uma amiga. Solicitei um caminhão-pipa, mas até hoje não veio. Acredito que a demanda esteja grande”.
A dona de casa Nilda Caetano, moradora da rua Olavo Bilac, no São Cristóvão, está almoçando em restaurante com a filha e três netos. “Já não temos mais vasilhas limpas, por isso estou almoçando em restaurante com a minha família. O banho estamos tomando na casa do meu filho. Já estou começando a ficar desesperada”.
A empresária Alle Shwenkrs, moradora da rua da Liberdade, no bairro Vila Rica, explica que a água também não está chegando à sua rua. “Ainda tenho um pouquinho de água na caixa, mas já estou começando a ficar preocupada. Como tenho crianças e está muito calor, espero que as providências sejam tomadas pelos órgãos competentes”.
A diarista Maria da Penha Bragança, do bairro São Cristóvão, contou que a água chegou a cair na manhã de ontem, 24, mas não deu nem pra encher uma bacia. “Lamentável! Estou sem água nenhuma, e o pouco de água que chegou às torneiras não subiu para a caixa. Consegui encher uma panela grande de água e uma bacia, e a água já foi embora novamente”.
Prefeitura
Em nota, o departamento de comunicação da Prefeitura Municipal informou que na última segunda-feira, 21, uma adutora de 300mm rompeu no bairro São Paulo. A equipe do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) consertou a rede e abriu os registros, liberando as bombas para operarem. Normalmente o reservatório leva entre 12 e 24 horas para encher e abastecer os bairros. Porém, dentro desse prazo, apenas o bairro São Paulo e região teve o abastecimento restabelecido.
Diante disso, as equipes iniciaram um rastreio em toda a tubulação a fim de localizar um possível vazamento que está impedindo a recuperação total do reservatório localizado no bairro Vila Rica, deixando sem água os seguintes bairros: Vila Rica, São Cristóvão, Vila Império, Pérola, Fraternidade, Castanheiras I e II, JK I, II e III, Jardim Alice, Canaã, Vale Pastoril I e II, Betel, Santa Rosa, Redenção, São José, São Luiz, Sagrada Família, Nossa Senhora de Fátima, Vila Monte Líbano, Santa Rita, Distrito Industrial, Penha, Tiradentes, Vitória, Vila União, Caravelas, Novo Horizonte e parte do Santa Rita.
O Saae está trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível e esclarece que uma logística foi criada para abastecer os bairros afetados através de caminhão-pipa, até que o abastecimento volte ao normal. Os caminhões podem ser solicitados pelo 115 ou por meio do whatsapp do Saae (9 8451 2184). As demandas serão atendidas de acordo com o registro no sistema.
por Angélica Lauriano | angelica.lauriano@drd.com.br