Com diversos benefícios, a dança é uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar
GOVERNADOR VALADARES – Nesta segunda, dia 29 de abril, o mundo comemora o Dia Internacional da Dança. Uma data dedicada a honrar a arte do movimento e sua influência na vida das pessoas ao redor do globo. De acordo com a professora de dança Clarissa Neves, a dança não é apenas uma atividade física, mas sim um estilo de vida. “As pessoas contam as horas para chegar o momento da aula de dança. É um momento de extravasar, de se libertar, de muita alegria e de se expressar”, explica.
Assim, com diversos benefícios, a dança é uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida e promover o bem-estar. “Ela é uma atividade tanto aeróbica quanto anaeróbica, trabalhando o cardio e a musculatura, fortalecendo e fortificando. Muito além dos benefícios físicos, ela também traz benefícios psicológicos. Além dos benefícios sociais: estar rodeado de pessoas de outros meios”, afirma Clarissa.
Sósia de Whitney Houston
Viviane Ribeiro leva a dança como profissão, performando ritmos antigos de rock e de discoteca, sendo cativada desde cedo pelo universo da dança. “Desde pequena eu já me mostrava muito interessada no mundo da dança antiga”, afirma. Sua conexão e amor pela música só cresciam à medida que ela explorava os ritmos. “Fui crescendo e me apaixonando ainda mais, vendo vídeos para aprender a dançar. E assim estou até hoje. É uma paixão que não se explica”, revela Viviane.
Além de explorar os movimentos clássicos, Viviane também brilha como sósia da cantora americana Whitney Houston. Dessa forma, sua preparação para essas apresentações é uma mistura de familiaridade e dedicação. “É muito fácil me preparar para as performances de sósia da Whitney, pois somos muito parecidas e no vestuário também”, diz. Desde o estilo de se vestir até a maquiagem característica, Viviane incorpora o espírito da cantora com naturalidade. Quando questionada sobre seus planos futuros, a dançarina revela que pretende tornar-se professora de dança e continuar fazendo ainda mais apresentações.
A dança como forma de protesto
Em meio aos desafios das periferias urbanas, a dança tem o poder, sobretudo, de surgir como uma luz de esperança, uma expressão de resistência e transformação. Danilo Nunes, mais conhecido como Korvo e integrante do Coletivo Deck, compartilha sua visão sobre a importância do hip-hop nas comunidades: “A dança, além de trazer a autoestima, de ter uma atividade para fazer, é uma das grandes responsáveis junto com o movimento hip-hop por [reduzir] conflitos”. No lugar da violência, uma saída é oferecida através de competições saudáveis e de construção coletiva.
Este ano, o movimento hip-hop celebra uma grande conquista com a aprovação do break como uma das modalidades olímpicas, destacando a arte que já existe há meio século. Conforme Korvo, a aprovação trará uma maior visibilidade para a cultura hip-hop. “Vários passos que são usados no break também são de protesto. Tem passos que são para expressar como se tivesse um conflito. Expressando o que a gente vê e lutando contra toda essa violência que a gente vive nas periferias”, afirma.
Portanto o Coletivo Deck tem sido fundamental na promoção da cultura hip-hop. Além de realizar atividades que vão desde a batalha de rimas até projetos sociais como o Varal Solidário e hortas comunitárias. Fernanda e Igor, membros do coletivo, recentemente, escreveram um inventário do hip-hop de Minas Gerais. Nele, eles, aliás, pediram o reconhecimento como cultura popular brasileira. “Nós estamos em todos os distritos, cidades e estados. Em todos os lugares em que a periferia está, tem hip-hop”, diz Danilo.