Coronel Sandro diz que o sentimento patriota o levou a entrar na política

Um dos deputados eleitos diplomados na última quarta-feira, 19, coronel Sandro Lúcio Fonseca (PSL) esteve envolvido no centro das discussões sobre as agressões que aconteceram entre dois deputados durante a solenidade de diplomação. Ao final do evento ele concedeu entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO RIO DOCE, para falar sobre o triste episódio e daquele momento em que a Justiça Eleitoral reconhecia como legítima a eleição de cada um dos diplomados.

Perguntado sobre o motivo que o levou a entrar para a política, o deputado disse que foi o sentimento patriota, o qual o acompanha desde a infância e que cresceu durante o período em que serviu como oficial da Polícia Militar. Para ele, o Brasil há muito tempo estava sendo governado, e estão ainda sendo implantadas só ideias de esquerda, pautas de esquerda e, na verdade, ele defende um outro lado político, econômico e social. Entende, também, que o Brasil não pode mais continuar trilhando os caminhos em que se encontra e que, para isso, é preciso resgatar a moral, os bons costumes, a menor intervenção do estado na vida das pessoas, a redução do Estado, a redução de tributos, o resgate daquele amor pelo país; é não degradar o respeito do aluno pelo professor em sala de aula. Coronel Sandro disse ainda que uma geração inteira de estudantes está perdida, e citou o fato de que o estudante brasileiro quando é submetido a uma avaliação, como do Programa Internacional de Avaliação do Aluno (Pisa), de 76 países avaliados o Brasil está lá no sexagésimo terceiro, ou, talvez, mais do que isso. “Eu quero dizer que existe uma forma diferente de conduzir o Brasil, e nós estamos chegando agora para mostrar que esta forma diferente dá certo e aí, sim, nós vamos ter uma verdadeira democracia, porque a democracia que se pratica hoje só tem um viés, que é o de esquerda. Agora aquele que defende uma ideia diferente esse não podia falar, não era ouvido, era patrulhado, era controlado. Se ocupasse algum cargo público era demitido. Então, agora não, o povo brasileiro levou para as urnas um presidente e uma centena de deputados federais e estaduais para exatamente refazer a história do Brasil daqui pra frente, e foi isso que me motivou muito a entrar na política”.

Agressões na diplomação

Questionado sobre as agressões que ocorreram naquele momento democrático, como a diplomação dos eleitos, em que a Justiça Eleitoral reconhece a legitimidade da eleição dos futuros representantes do estado de Minas Gerais, ele disse que foi em consequência ao desrespeito às regras do cerimonial por parte do deputado Rogério Correia (PT).

“Na minha opinião houve um desrespeito às regras pelo deputado Rogério Correia, que foi lá pegou a plaquinha de uma outra deputada, que o cerimonial já tinha retirado dela, e se manifestou quando não era a vez dele ser diplomado. Eu até entenderia a sua manifestação, apesar de não aceitar ele exibindo uma placa de Lula livre, porque Lula é um condenado pela Justiça, é um criminoso condenado, mas tudo bem, porque se tem alguém que acha que pode enaltecer um criminoso condenado, eu vou fazer o quê? Mas o momento não era a vez dele e ele voltou, pegou a placa, aí o cabo Junio Amaral, nosso deputado federal, foi lá e reagiu para tirar a placa dele. O que aconteceu? O deputado do PT deu o soco primeiro [foi o deputado do PT], eu vi, todos viram e está filmado, e o Junio só reagiu  na sequência. Agora é claro que ninguém gosta de ver uma cena como essa, só que, infelizmente, esse pessoal de esquerda não aceita que ajam o outro lado da democracia. Se você observou bem aquele plenário, quando era citado o nome de Bolsonaro, que defende os valores, era alegria total, e quando se falava do Luiz Inácio Lula da Silva, o criminoso condenado, era um gritinho de um lado; outro do outro. Então, isso mostra  que o Brasil quer a mudança, e a mudança que o Brasil propaga não tem espaço para criminoso condenado liderando ninguém, para governar país nenhum”.

Prisão de Lula

O deputado reagiu a uma entrevista do também deputado eleito Leonardo Monteiro (PT) que, em entrevista, ao DRD, disse que Lula está preso injustamente, porque não existem provas em relação aos crimes atribuídos a ele, e que outros condenados por crimes muito mais graves estão livres.

“Essa opinião é ridícula. Mais de 10 juízes disseram que o Lula tem culpa. O condenaram, aplicaram uma pena rigorosa a ele, ou rigorosa não, apenas justa pelos crimes que ele cometeu. Agora, o deputado pode não concordar, mas falar que é injusta a condenação e que ele é inocente, sendo que ele está condenado pela Justiça, é criminoso condenado, e que a gente tem que aceitar essa situação, eu não concordo. Eles falarem que outros políticos não estão presos; ora, a gente não tem político de estimação; se apurou a denúncia e existiu o crime, é cadeia mesmo. A Justiça brasileira está fazendo muito bem. Nesse caso, então, todos os parlamentares de esquerda defendem que o Lula deve ser solto. Ora, então, vamos soltar o Fernandinho Beira Mar também, uai. Vamos soltar o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros”.

Metas para início do mandato

Coronel Sandro disse, ainda, sobre as suas primeiras propostas que vai defender logo no início do mandato. “Eu tenho um rol de propostas na área de segurança e educação. Na segurança, a gente tem que consolidar o valor que os policiais militares e civis tem para a sociedade, porque quando você tem um ambiente seguro de polícia atuando, prendendo bandido, tudo floresce: a economia; as pessoas trabalham mais felizes, porque o ambiente é seguro; e esse ambiente começa a melhorar as condições de trabalho dos policiais e das pessoas. Na educação, como falei antes, os estudantes de Ensino Fundamental brasileiro não conseguem realizar uma operação matemática simples, não conseguem ler e interpretar um texto e, por isso, em qualquer programa de avaliação internacional somos os últimos. Em Minas Gerais temos os Colégios Tiradentes da Polícia Militar, que têm o melhor desempenho no Enem entre as escolas públicas, então, uma das minhas propostas, na área da Educação, é ampliar o número de Colégios Tiradentes, que têm um custo baixo, para que mais pessoas filhos de civis possam usufruir desse ensino de qualidade. Outra coisa é lutar, vigiar e acompanhar cada escola em Minas para que os alunos não sejam doutrinados, não sejam erotizados precocemente, e que a ideologia de gênero não seja implantada nessas escolas. Por fim, pretendo trabalhar para aumentar a segurança de todos os educandários, porque hoje os professores são agredidos, não têm condições de dar aula; sem falar que a remuneração não é lá essas coisas e, para piorar, estão recebendo parcelado. Entendo que tem de respeitar o professor, pagar o profissional por aquilo que ele está fazendo. Por outro lado, entendo que o professor também não pode ir para a sala de aula doutrinar, erotizar as crianças e não propagar a ideologia de gênero, porque aí foge dos padrões tradicionais. No mais, a gente tem outras propostas que durante o mandato as pessoas vão tomando conhecimento”, finalizou Coronel Sandro.

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