TEÓFILO OTONI – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra duas pessoas pela morte de 39 passageiros de um ônibus na BR-116, no município de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em 21 de dezembro de 2024. O acidente foi causado pela queda de um bloco de granito de uma carreta que trafegava na rodovia. Os denunciados são o motorista da carreta e o proprietário da empresa de transporte responsável pelo veículo.
O motorista é acusado de homicídio qualificado, por ter provocado o acidente com excesso de velocidade e transporte inadequado da carga, além de fugir do local sem prestar auxílio às vítimas. O dono da empresa também será responsabilizado por homicídios qualificados, tentativa de homicídio contra outras pessoas e por falsidade ideológica, ao inserir informações falsas no Manifesto de Carga, com o objetivo de burlar fiscalizações.
Segundo as investigações, a carreta transportava dois blocos de quartzito, somando 103,68 toneladas, bem acima do peso permitido, quando o motorista fez uma curva em alta velocidade. O segundo semirreboque tombou e o bloco de granito de 36,43 toneladas se soltou, atingindo o ônibus da empresa Entram, que seguia no sentido oposto. A colisão resultou em uma explosão, matando 39 pessoas, incluindo crianças e um bebê.
O MPMG destacou que os denunciados assumiram o risco de matar, considerando o sobrepeso da carga, a velocidade excessiva, o estado do veículo e o fato de o motorista ter conduzido a carreta com a Carteira Nacional de Habilitação suspensa. Além disso, a empresa autorizou o transporte irregular e modificações no veículo, agravando os riscos.
Comments 1
Não ignoro a culpa imposta ao motorista. Porém, o que chamou-me a atenção foi o item: *”…fugir do local sem prestar auxílio as vítimas.”* Pergunto: Como auxiliar 39 mortos, em um quadro tão tétrico, desesperador e horripilante?
Respeitosamente, repito: _Como auxiliar 39 cadáveres?
Auxilia-se as autoridades, socorristas, familiares.
O erro do motorista foi ter se ausentado. Porém, pela similaridade de casos ocorridos, os apontados culpados, fogem temendo represálias de populares, até mesmo uma possível linchação.