GOVERNADOR VALADARES – Na tarde de terça-feira (1º), o comportamento de um candidato a vereador de 48 anos, dentro do Hospital Municipal em Governador Valadares, virou caso de polícia. Segundo a Prefeitura, o candidato entrou à força no pronto-socorro acompanhado por um assessor que filmava toda a ação com um celular.
De acordo com o boletim de ocorrência, os funcionários da unidade contaram que um candidato a vereador teria acessado o interior do hospital sem autorização, com a intenção de filmar o atendimento aos pacientes.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, repudiou a invasão e classificou o ato como uma tentativa de autopromoção do candidato. De acordo com o comunicado, o homem forçou a entrada no hospital após bater à porta pedindo informações. Ao ser atendido, empurrou a porta e entrou com seu assessor, que gravava as imagens.
A administração municipal afirmou que, além de causar tensão e tumulto no ambiente hospitalar, o candidato desacatou os servidores e expôs indevidamente a imagem de pacientes. A equipe de segurança do Hospital Municipal agiu para conter a situação, impedindo que o candidato e seu assessor subissem ao segundo andar. A Polícia Militar foi acionada, mas o assessor deixou o local antes da chegada dos militares. O candidato, porém, foi retirado do local pelos policiais, que registraram um boletim de ocorrência.
O que diz a assessoria do candidato
A assessoria do candidato se manifestou alegando que ele tem recebido diversas denúncias relacionadas à má prestação de serviços no hospital, como falta de medicamentos e atendimento precário. Por esse motivo, o candidato decidiu ir ao local para verificar pessoalmente as condições do hospital. Segundo a nota, a visita tinha o objetivo de “mostrar a verdade” que, segundo eles, está sendo “camuflada”. Além disso, assessoria destacou que quem estava acompanhando o candidato e gravando as imagens no hospital era uma amigo.
“Ele recebe muitas demandas do hospital referentes à prestação de serviço, mal atendimento, falta de medicamento, entre outras demandas. Então, quando ele viu que estava demais esse tanto de chamado dele, ele falou assim, eu quero ir até lá para ver o que é que está acontecendo mesmo. Porque políticos falando sobre essa questão de mostrar a verdade, isso é uma verdade camuflada, então ele foi para mostrar verdadeiramente o que é essa verdade que o pessoal não está vendo”, comunicou a assessoria do candidato.
O que diz a Polícia Civil
A Polícia Civil informou que a ocorrência foi atendida e registrada pela Polícia Militar, que lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por perturbação do trabalho ou sossego alheios. O candidato, que assinou um termo de compromisso para comparecer a uma audiência no Juizado Especial Criminal, não foi conduzido à delegacia.