Estudo aborda o impacto das exercinas na doença de Alzheimer, trazendo novas perspectivas para tratamentos futuros
GOVERNADOR VALADARES – A egressa do curso de Farmácia da UNIVALE, Áquila Rodrigues Costa Santos, defendeu no mês passado seu doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ). Sua tese, intitulada “Efeito das exercinas irisina e osteocalcina sobre a resposta inflamatória desencadeada por oligômeros de Aβ”, traz avanços significativos no entendimento da resposta inflamatória na doença de Alzheimer.
Durante a pesquisa, foram observados que as exercinas, moléculas liberadas durante o exercício físico, têm um efeito benéfico na redução da inflamação associada à doença de Alzheimer. “Esse efeito foi estudado tanto em modelos in vitro quanto em animais submetidos a programas de exercícios, revelando uma melhora na memória dos camundongos”, explicou.
Egressa possui trajetória acadêmica de sucesso
A trajetória de Áquila Rodrigues Costa Santos é marcada pela dedicação e excelência acadêmica. Formada em Farmácia pela UNIVALE em 2015, ela se destacou como aluna de iniciação científica nos laboratórios de Imunologia e Microbiologia da instituição. “Foi na UNIVALE que tive meu primeiro contato com a pesquisa científica, e isso despertou em mim um grande interesse pela área”, relembra.
Após a graduação, a egressa continuou seus estudos com um mestrado em Bioquímica e Biologia Molecular pela Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares (UFJF-GV). Durante o mestrado, sua pesquisa focou em parâmetros fisiológicos e comportamentais de indivíduos obesos submetidos ao estresse, o que a introduziu ao campo da neurociência. “Foi no mestrado que me apaixonei pela neurociência e decidi que queria seguir nessa área”, comenta.
Determinada a continuar seus estudos, Áquila ingressou no programa de doutorado da Fiocruz após um rigoroso processo de seleção, que incluiu prova oral e análise curricular. Sua tese de doutorado, que investigou os efeitos das exercinas irisina e osteocalcina na inflamação cerebral induzida por oligômeros de beta-amiloide, apresenta dados promissores para a prevenção e tratamento da doença de Alzheimer através do exercício físico.
Atualmente, Áquila segue como pós-doutoranda no mesmo laboratório na Fiocruz, onde continua suas pesquisas sobre neuroinflamação e Alzheimer. “Nosso estudo reforça que o exercício físico é uma estratégia promissora para a prevenção e atenuação da progressão da doença de Alzheimer”, afirma. “Ainda temos um longo caminho pela frente, mas estou confiante de que nossas descobertas contribuirão para melhores tratamentos no futuro”.