Em 1955, um ano após a morte de Evita e pouco antes de cair, o general argentino Juan Domingo Perón demitiu o poeta maior Jorge Luis Borges de uma sinecura na Biblioteca Nacional de Buenos Aires. Pura pirraça. “Perón es un miserable!” – reagiu o poeta. Em 1973, Perón retornou ao poder e faleceria em seguida. Um jornalista procurou Borges e tentou induzi-lo a um comentário generoso sobre o morto. Ele repousou as mãos sobre o cabo da bengala e exclamou: “Ahora, Perón es un miserable muerto!”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos | www.diariodopoder.com.br