Saiba como detectar precocemente o câncer de boca

FOTO: Freepik

Especialista do Ateliê Oral aponta atitudes simples que podem ajudar a prevenir a doença

GOVERNADOR VALADARES – Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se 11.180 casos novos de câncer de boca em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.

Segundo Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista e especialista em saúde e função da boca do Ateliê Oral, a recomendação é procurar o dentista ao observar os seguintes sintomas:

Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido; dificuldade ao engolir; qualquer inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem; rouquidão ou mudanças na voz que persistem.

Além disso, aparecimento de manchas brancas ou vermelhas na língua, nas gengivas, no palato ou na mucosa bucal; sangramento na boca sem razão aparente; dormência ou perda de sensação em qualquer parte da boca ou lábios. O especialista completa que os sintomas podem evoluir para dificuldade na fala e na mastigação e sensação de que há algo preso na garganta.

Entenda e se proteja

Kyrillos destaca que apenas um especialista poderá fazer um diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento, uma vez que o diagnóstico precoce do câncer de boca já permite identificar lesões suspeitas.

“A recomendação de “visitar periodicamente o dentista” não deve ser normalizada, como uma frase de efeito. Deve ser enxergada como uma orientação vital e obrigatória para a saúde em sua forma integral, visto que o profissional dentista não deve se limitar a olhar os dentes. Na boca, além de cáries, infiltração e demais problemas mais conhecidos, podem ser diagnosticados tumores e outros males que vão impactar todo o organismo. A boca é a porta de entrada para a saúde e para as doenças”, enfatiza.

O especialista destaca que, por ser uma doença que pode desenvolver tumores malignos na região bucal, o paciente deve ficar atento se o seu dentista observa periodicamente as gengivas, as bochechas, o céu da boca, a língua (principalmente as bordas), além da região embaixo da língua, nos lábios e amígdalas também.

Como prevenir

O especialista acrescenta que atitudes simples do dia a dia podem diminuir as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil.

Entre as medidas estão evitar o cigarro – visto ser o tabagismo um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer – cortar o consumo excessivo de álcool e a exposição excessiva ao Sol.

Falando em Sol, principalmente nessa época do ano, é importante alertar: ele pode danificar de forma significativa a pele dos lábios, que é muito sensível. O uso de protetor solar labial com um bom fator de proteção solar (FPS) é essencial para todos, pois ajuda a prevenir queimaduras solares e danos causados pelos raios UV, que podem aumentar o risco de câncer de lábios e de pele ao redor da boca, de acordo com Kyrillos.

O especialista alerta ainda para alguns tipos de HPV que estão associados ao desenvolvimento de câncer bucal, principalmente o HPV16, sendo a vacinação contra o vírus uma estratégia eficaz para reduzir o risco de câncer.

Higiene bucal e uma dieta rica em alimentos saudáveis, sempre.

Tratamento e cura

Dados da Fundação do Câncer informam que os tumores quando diagnosticados no início têm um tratamento mais rápido e eficaz, com 80% de chances de cura, sendo quase dispensáveis intervenções cirúrgicas.

“É importante que a população saiba que, além dos dentistas particulares, unidades de saúde oferecem ao longo do ano exames bucais vitais para a detecção precoce da doença. Então, não há desculpas para fugir. É preciso estar atento e em dia com a saúde”, completa.

Câncer bucal

Procure o dentista ao sinal dos seguintes sintomas:

Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias;
Dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido;
Dificuldade ao engolir;
Inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem;
Rouquidão ou mudanças na voz que persistem;
Aparecimento de manchas brancas ou vermelhas na língua, nas gengivas, no palato ou na mucosa bucal;
Sangramento na boca sem razão aparente;
Dormência ou perda de sensação em qualquer parte da boca ou lábios;
Dificuldade na fala e na mastigação;
Sensação de que há algo preso na garganta.
O que o seu dentista precisa examinar periodicamente:

Gengivas;
Bochechas;
Céu da boca;
Língua (principalmente as bordas);
Região embaixo da língua;
Lábios;
Amígdalas.
Como prevenir

Evite o cigarro
Evitar o consumo excessivo de álcool
Evitar a exposição excessiva ao Sol.
Usar protetor solar labial.
Ter a vacinação contra o vírus do HPV
Higiene bucal com idas periódicas ao dentista.
Dieta rica em alimentos saudáveis, sempre.

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