Do dia 4 ao dia 31 de outubro, Minas teve a confirmação de 20.086 novos casos de covid-19 e 79 mortes
GOVERNADOR VALADARES – Aos que viveram e sobreviveram nos anos de 2020 e 2021, celebraram a diminuição de contágios e mortes por covid-19 em 2022 ou respiraram aliviados, literalmente, quando deixaram de usar suas máscaras sem medo, esta não é uma notícia agradável para se ler ou escutar. Mas é a realidade.
Falar em covid-19 é revisitar um passado não tão distante que, sem dúvidas, seria melhor deixar lá, no passado. Pois relembrar esses dois anos de aflição incomoda muita gente. E pensar que o terror do passado está, hoje, a ameaçar presente e futuro, incomoda muito mais. No entanto fechar os olhos para o problema está longe de ser a solução. Por isso, atente-se bem aos seguintes dados. Afinal são os últimos índices do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), feitos semanalmente, do início ao final de cada mês.
Há apenas três meses, entre os dias 9 e 30 de agosto, Minas Gerais registrou a confirmação de 4.600 casos de covid-19 e 41 mortes. Na sequência, do dia 6 ao dia 28 de setembro, o boletim relatou mais 9.006 casos e outras 50 mortes. Ou seja, só nesse período foram 13.606 confirmações de contágio e 91 mortes por covid-19. Esse já não parece um cenário de tranquilidade. Mas o que assusta, sobretudo, é a velocidade com que esses números avançaram no mês de outubro.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
De acordo com o boletim, do dia 4 ao dia 31 de outubro, Minas Gerais teve a confirmação de 20.086 novos casos de covid-19 e 79 mortes. O que é quase o dobro do número de óbitos do mês agosto. E mais que o quádruplo de casos. Perceba que o período de comparação continua sendo de quatro semanas, como nos dois meses que antecederam outubro. Apenas os números saltaram. O boletim é publicado a cada 7 dias. Sendo assim, um breve acompanhamento é suficiente para notar que, no decorrer de uma semana, morriam, em média, 15 a 20 vítimas de covid-19. Isso só em outubro.
Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou Minas Gerais como um dos sete estados brasileiros com maior potencial de propagação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em longo prazo. O alerta é do boletim InfoGripe, da Fiocruz, publicado também no mês de outubro. “Em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, esse quadro se observa nas faixas etárias da população adulta decorrente do Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,4% para influenza A, 0,8% para influenza B, 9,3% para VSR, e 48% para Sars-CoV-2”, detalha a reportagem da Agência Fiocruz. Os outros dois estados em destaque no boletim InfoGripe são Pernambuco e Maranhão.
Morte de valadarense
Entre as possíveis vítimas do covid-19 no mês de outubro, aliás, está uma mulher valadarense. A informação é da Secretaria de Saúde de Governador Valadares, em resposta ao DIÁRIO DO RIO DOCE. “A Prefeitura de Valadares, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que foi registrada uma morte causada por vírus respiratório entre os dias 6 de outubro e 6 de novembro deste ano. Além disso, a morte aconteceu em 28 de outubro e se tratava de uma mulher, com comorbidades, idade entre 40 e 49 anos, e que tinha tomado apenas duas doses da vacina contra covid-19”, comunicou a SMS em nota.
Diante disso, a secretaria reitera que não é tempo de esquecer dos cuidados para prevenção do contágio e, muito menos, pensar que a pandemia acabou. Desse modo, a proximidade das festas de fim de ano, bem como o carnaval, são também um lembrete de que a higiene, a cautela e a vacinação precisam estar inclusos no cotidiano dos valadarenses nos próximos meses.
“Sendo fundamental que o esquema vacinal seja completo, com especial atenção às doses de reforço, conforme determina o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19. Além disso, é importante destacar que a SMS vem trabalhando insistentemente de forma preventiva, através das campanhas de vacinação contra Covid-19, que continua à disposição de toda a população nas unidades de saúde do nosso município e também de forma itinerante em vários eventos realizados na cidade. E claro, não podemos esquecer da higienização correta das mãos, de manter o isolamento caso se confirme a covid-19 e do uso de máscara para pessoas que apresentem sintomas gripais, concomitantemente [ao mesmo tempo] a procura de uma unidade de saúde”, orienta, por fim, a SMS.
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O ideal seria que todos voltassem a usar a máscara, independente de estar ou não com sintomas de gripe , pois é a forma mais prática depois da vacina, de mantermos mais protegidos contra esse vírus. Não podemos deixar de sair, trabalhar, etc., e estamos sempre tendo contato uns com os outros. As autoridades deveriam incentivar a população, conscientizando-a da importância do retorno da máscara, pois não estamos livres desse vírus.