GOVERNADOR VALADARES – Nesta semana, o Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE) da Bacia do Rio Doce passou a operar. Ele visa auxiliar na prevenção e gestão de crises relacionadas ao período chuvoso, iniciado em outubro com duração até março. Por meio do SACE, são divulgados boletins que trazem previsões dos níveis de vazão da calha dos rios, informando o volume e tendências de vazão.
Segundo a Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), o monitoramento dos rios é feito por meio de sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão. Também são utilizados pluviômetros automáticos, capazes de registrar a quantidade de chuva em intervalos de segundos. O sistema recebe os dados e os consolida em forma de boletins, que são enviados às defesas civis e demais órgãos de interesse.
As estações de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil estão localizadas bem ao meio do leito dos rios. Esse método de acompanhamento é mais eficaz que réguas, pois os sensores receberem manutenções periódicas e conseguem medir até o fundo do rio. Já as réguas ficam às margens do rio, medindo apenas a água que entra no remanso, não levando em conta as questões do assoreamento.
Atualmente, sete estações estão em operação na Bacia do Rio Doce, localizadas nas cidades de Ponte Nova, Nova Era, Naque, Governador Valadares, Tumiritinga, Colatina e Linhares. Por haver integração e operação única, o Sistema de Alerta de Eventos Críticos é capaz de apontar, com segurança, o impacto da corrente de água.
Atuação no período de cheias
Cabe ao CBH-Doce, por meio de Grupo de Trabalho de Cheias, criado no âmbito da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) – apoiar, articular e acompanhar estudos, projetos e ações relacionadas com a operação, ampliação e modernização do Sistema de Alerta de Eventos Críticos – SACE/CPRM na Bacia do Rio Doce.
Também é de responsabilidade dos comitês a articulação para a abertura da Sala de Crise da Cheia do Rio Doce, que reúne representantes da Casa Civil da Presidência da República, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Defesa Civil dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – Filial Governador Valadares, sob coordenação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Além do trabalho de apoio ao SACE, os CBHs também investem financeiramente na melhoria do Sistema de Alerta. Somente em 2023, já foram investidos quase R$300 mil. A previsão é de que, ao todo, mais de R$ 1,3 milhões sejam desembolsados para o fortalecimento da ferramenta.
Comments 4
Boa tarde. Sou do São Tarcisio moro ribeirinha. Gov Valadares minhas Gerais.
Ano passado minha emcheo de água perdi muita coisa em ilha brava em Baguari Minas gerais
Se as barragens do Piracicaba forem reguladas , as enchentes não serão tão severas
Como assim? 2023/2024 teremos seca mais severa em nossa região devido ao El Nino, no