BELO HORIZONTE – Os dados da pesquisa mensal da Fecomércio-MG indicam que Minas Gerais encerrou o terceiro trimestre de 2023 com um crescimento mais intenso do que o observado no contexto nacional, tanto no varejo restrito quanto no ampliado. A principal atividade contribuinte para o desempenho do varejo restrito em Minas Gerais é hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
O segmento representou mais de 50% de peso em ambos os contextos e registrando um avanço no acumulado do ano de 6,0% no estado mineiro e de 3,6% no Brasil. No entanto atividades como tecidos, vestuário e calçados, livros, jornais, revistas e papelaria, e outros artigos de uso pessoal e doméstico têm quedas expressivas, prejudicando o indicador de volume de atividade no comércio restrito.
Contexto nacional
No comércio restrito, Minas apresenta um desempenho de 2,9% nos primeiros nove meses de 2023, enquanto no Brasil, o crescimento é de 1,8%. Segundo o economista Gilson Machado, destaca-se que, nessa abertura, o estado mineiro mantém um crescimento estável, enquanto a variação nacional mostra um aumento nos últimos meses.
Ao abordar os dados no varejo ampliado, Minas Gerais registra um crescimento de 2,5%, enquanto o Brasil registra 2,4%. Notam-se diferenças nas atividades que contribuem para esse desempenho entre os dois contextos. No Brasil, adicionando as atividades do varejo restrito, veículos, motocicletas, partes e peças (com peso de 16,8%) registram um desempenho acumulado no ano de 6,9%, enquanto atacado e varejo de material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (com peso de 23,6%) seguem apontando desaceleração. Isso traz reflexos negativos para o varejo ampliado no Brasil.
Setor de supermercados e alimentício em alta
Em Minas Gerais, o atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (com peso de 16,1%) registra um crescimento de 13,5%. Enquanto veículos, motocicletas, partes e peças, e atacado e varejo de material de construção (somados com peso de 23,5%) apontam desaceleração no indicador.
Dentro do contexto dos dados apresentados pela Fecomércio, Gilson Machado destaca a importância de Minas Gerais dentro do contexto econômico. Isso porque o Estado é o segundo maior peso no volume de vendas no Brasil, com 9,5%, atrás apenas do estado de São Paulo.
Sendo assim, espera-se que o último trimestre do ano seja mais aquecido. A expectativa é que um melhor desempenho do comércio contribua tanto no estado de Minas Gerais quanto em contexto nacional.