O Parque de Exposições José Tavares Pereira está movimentado com a 52ª edição da Exposição Agropecuária de Governador Valadares (Expoagro GV). Se você presume que apenas os brinquedos, rodeios e shows lotam o evento é porque não conferiu as oficinas e palestras que também fazem parte da exposição, mas que são realizadas durante o dia, quando o evento é aberto ao público e gratuito.
Por meio do projeto “Agropecuária na Escola”, na manhã desta segunda-feira (10), alunos de duas escolas, ou seja, do Colégio Presbiteriano, de Governador Valadares, e a Escola Municipal Antônio de Castro Pinto, do distrito de Goiabal, estiveram presentes no evento. E, além de conhecer a Fazendinha, que encanta a meninada, os estudantes ainda conheceram na prática como funciona o ciclo da água na natureza, a importância da vegetação para o solo e diversos outros assuntos ligados ao trabalho no campo.
Andréia Merlo, uma das apoiadoras do “Agropecuária na Escola” e esposa do prefeito de Valadares, André Merlo, contou que o projeto levará até a Expoagro crianças de diversas escolas da região desta segunda-feira (10) até a próxima sexta-feira (14). Segundo ela, mais que lazer, a visita é uma forma de educar as próximas gerações.
“O projeto tem o objetivo de potencializar as atividades desenvolvidas nos territórios rurais por meio do conhecimento da comunidade em torno da escola e da valorização da cultura local. A ideia é mostrar a importância do trabalho rural e fazer as crianças entenderem e valorizarem o trabalho de seus pais no campo. Trazendo-os aqui, buscamos também incentivá-los a seguir profissões ou continuar no campo, onde a qualidade de vida é melhor”.
Um dos palestrantes que conversou com os baixinhos é o professor aposentado da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) e produtor rural Raul Cláudio dos Santos. Ele, pelo 13º ano consecutivo, leva com criatividade formas de conscientizar os alunos.
“Participo da agropecuária na escola desde a primeira edição, em 2010, e todo ano apresento um projeto referente ao campo para conscientizar os alunos. Neste ano eu trouxe um modelo diferente de horta. Pensando nas limitações que as hortas tradicionais têm, como a necessidade de um quintal com terra ou até mesmo ter que abaixar para plantar, cuidar e colher, criei uma horta vertical que pode ser colocada em qualquer lugar. Ela tem um sistema em que, ao invés de perder a água usada na irrigação, a reutilizará por meio de uma mangueira que faz a drenagem e armazena a água para ser reutilizada”, explicou.
Isadora Almeida, aluna do 5° ano da Escola Municipal Antônio de Castro Pinto, no distrito de Goiabal, acordou cedo para fazer a visita ao Parque de Exposições e contou ter gostado bastante do passeio. Segundo ela, durante a excursão, além da fazendinha foi a horta que chamou mais atenção.
“Eu estava empolgada para fazer a visita. Eu vim com minhas amigas e gostamos muito de ver tanto a fazendinha quanto a horta que pode ser feita dentro de casa usando materiais descartáveis. Achei bem legal a simulação da chuva degradando o solo e, principalmente, como as plantas podem ajudar a mantê-lo firme. Vimos várias coisas legais que vamos levar para a vida toda”, disse Isadora.
