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Virada Cultural movimenta a cidade com música, dança, teatro e esportes

Em Valadares, ao longo dos últimos 8 anos, mais de 60 mil pessoas passaram pela Virada Cultural Rio Doce

O Horto Municipal de Governador Valadares foi palco de artistas da cidade nesse fim de semana. Isso graças à Virada Cultural, que reuniu música, dança, teatro e até competição esportiva no último sábado. Em Valadares, ao longo dos últimos 8 anos, mais de 60 mil pessoas passaram pela Virada Cultural Rio Doce. O evento, aliás, é sempre uma boa forma de fortalecer a cultura e compartilhar sentimentos por meio das mais diversas formas de arte.

Com samba, forró e muito rock, a virada chamou a atenção de quem passou pelo local e matou a saudade de quem já havia participado anteriormente, especialmente porque o evento não havia sido realizado nos últimos dois anos devido à pandemia de covid-19.

Lucas Muniz conta que todo ano vai na virada e que o evento é bem aceito por todos os públicos de diferentes gêneros, raça e idades. De acordo com ele, a diversidade mostra a importância da Virada.

“Fiquei muito feliz de participar do evento e de ver, presencialmente, os artistas da cidade novamente com a energia de sempre. Esse é um dos poucos eventos que reúne de forma gratuita artistas da cidade e que reúne a diversidade, seja de faixa etária, de sexualidade ou até mesmo de gênero musical. Gostei muito de rever as bandas de rock; principalmente a Grungera, que faz tributo a bandas dos anos 90”.

Lucas Muniz destaca a diversidade como principal característica da Virada Cultural

Virada com gostinho diferente

Ana Laura Batista, mãe do Antônio Batista, de sete anos, conta que gostou muito de ter a Virada novamente nas ruas e que, mesmo já tendo participado das outras edições, essa teve um gostinho diferente – primeiro, por ter voltado a ser presencial e, segundo, por ter visto o pequeno Antônio competindo com os adultos no skate.

“Eu sempre participei da Virada Cultural, inclusive, das edições on-line. Eu sou apaixonada pelo evento e gostei bastante de trazer meu filho, que é skatista e não tem muitas oportunidades de participar e se expressar no esporte em que é apaixonado. Esse ano a Virada está ainda mais especial, com esse retorno e com meu filho participando pela primeira vez da competição de skate. Amei ouvir a Mari Mendes e banda pessoalmente. Foi incrível”.

Núcleo da Virada

O evento é uma organização do Núcleo da Virada, um coletivo formado por artistas, agentes e produtores culturais naturais, residentes ou domiciliados na cidade. De acordo com o produtor cultural do Coletivo, Getúlio Foca, o retorno às praças, na rua, é reviver o sonho inicial de levar cultura, gratuitamente, à população de Valadares.

“A Virada Cultural Rio Doce nasceu da expressão ‘movimento cultural de rua’. Desde o extinto coletivo Pedra Negra, entendemos que a cultura de rua é uma forma de expressar como a gente gosta e entende. Ter essa edição na rua, com a presença de público, é algo sensacional por estar de volta ao berço, na praça. Atravessamos essa fase difícil que foi a pandemia, principalmente, para a classe artística. Realizamos duas edições on-line para não deixar de mobilizar a classe. [Mas], a gente é da rua e pra rua retornaremos. Esse é o nosso legado, isso é a Virada.”

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