(FOLHAPRESS) – No primeiro dos dois jogos da decisão da Copa do Brasil 2022, Corinthians e Flamengo não conseguiram tirar o zero do placar em Itaquera. Mesmo com um jogo bem movimentado, a boa atuação do goleiro Cássio foi determinante para o duelo terminar em 0 a 0.
O goleiro alvinegro fez, ao menos, três defesas difíceis e impediu que a equipe corintiana fosse vazada na Neo Química Arena. A presença do goleiro na partida, aliás, chegou a ser dúvida até a véspera do jogo. Ele estava com uma dor no pé direito e precisou fazer um tratamento para estar em campo.
Aberta, a decisão do título ficou para o jogo de volta, daqui a uma semana, no Rio de Janeiro, no dia 19, no estádio do Maracanã, também às 21h45. Em caso de uma nova igualdade, a definição será nos pênaltis.
Esta é a segunda vez que as duas equipes decidem um título. A primeira foi em 1991, quando os clubes disputaram a Supercopa. O Corinthians, campeão brasileiro de 1990, ficou com o troféu após vencer os flamenguistas, então campeões da Copa do Brasil, por 1 a 0. Neto marcou o gol do título.
Àquela decisão, no entanto, não teve a mesma dimensão com a qual tem sido tratada a disputa de agora, sobretudo pela importância do mata-mata nacional. Além disso, o campeão do torneio ainda ganhará uma vaga direta na Copa Libertadores de 2023.
Na edição deste ano, aliás, as duas equipes se encontraram no mata-mata do continental e o time do Rio levou a melhor, com duas vitórias no confronto pelas quartas de final. Em Itaquera, venceram por 2 a 0 e, no Maracanã, o triunfo foi por 1 a 0.
Desta vez, houve mais equilíbrio no primeiro jogo da decisão. Embora o time carioca tenha conseguido as melhores oportunidades da etapa inicial, o time paulista reagiu e construiu boas chances de abrir o placar, sendo as melhores com Yuri Alberto e Renato Augusto.
Do lado dos visitantes, Gabigol teve a oportunidade mais clara, mas parou em boa antecipação de Cássio.
Mesmo com 15 chances criadas, porém, as duas equipes acertaram pouco o alvo para evitar um placar sem gols antes do intervalo. Enquanto os corintianos exigiram duas defesas do goleiro Santos, a equipe rubro-negro acertou três chutes ao alvo.
Já na etapa final, Gabigol acertou a pontaria e exigiu de Cássio a defesa mais difícil do jogo até então, aos 12 minutos. Léo Pereira fez um lançamento para Éverton Ribeiro, que escorou de cabeça para o meio e o atacante apareceu livre para finalizar. O goleiro corintiano salvou quase no susto.
Pouco depois, Cássio ficou praticamente sem reação quando David Luiz acertou um chute de fora da área e a bola acertou o travessão. À essa altura, já com 20 minutos, os visitantes pareciam mais próximos de abrir o placar em Itaquera. Mesmo assim, os donos da casa conseguiram suportar o momento de pressão.
Apesar do incentivo da torcida, que compareceu compareceu em peso –foram mais de 45 mil ingressos vendidos– os donos da casa pouco conseguiram produzir no segundo tempo. A criatividade da equipe ficou ainda mais prejudicada quando Vitor Pereira resolveu sacar Renato Augusto e Róger Guedes ainda a metade da etapa final.
Já nos minutos finais, porém, os corintianos tentaram uma pressão para buscar o primeiro gol e ficaram na bronca com a arbitragem aos 35 minutos, reclamando de um pênalti, quando Mateus Vital cruzou a bola na área e ela tocou na mão de Léo Pereira. Após checagem do VAR, o árbitro mandou o jogo seguir.
Pouco antes do apito final, já aos 40 minutos, a luz da arena corintiana apagou e a partida ficou paralisada por cerca de dez minutos, antes de ser retomada. O empate, contudo, persistiu até o fim.
Além da ótima presença de público nas arquibancadas, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, esteve em Itaquera à convite do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues. Os dois levaram juntos a taça do torneio para o gramado. Tite e a comissão técnica da seleção brasileira também acompanharam a partida no estádio.
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, Gil, Balbuena e Fábio Santos; Du Queiroz (Ramiro), Fausto Vera e Renato Augusto (Giuliano); Adson (Gustavo Mosquito), Yuri Alberto e Róger Guedes (Mateus Vital). Técnico: Vítor Pereira
FLAMENGO
Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luis; Thiago Maia, João Gomes (Vidal), Arrascaeta (Victor Hugo) e Everton Ribeiro (Fabrício Bruno); Gabigol (Everton) e Pedro. Técnico: Dorival Júnior
Estádio: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa/ SC)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (Fifa/ SC) e Guilherme Dias Camilo (Fifa/ MG)
VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)
Cartões amarelos: Yuri Alberto (COR); João Gomes (FLA)