O setor de Tecnologia da Informação, mais conhecido como TI, tem apresentado uma crescente no número de gerações de emprego no país. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), nos últimos dois anos o segmento atingiu uma constância nas vagas de emprego e ainda há demandas para a contratação de novos profissionais.
De acordo com o Caged, o segmento registra um saldo positivo de contratações desde dezembro de 2020. Somente neste ano foram geradas mais de 30 mil novas vagas na área. Sendo janeiro o mês com o melhor saldo, até o momento, com 6,5 mil contratações. Já o mês de junho registrou 4,1 mil contratações.
Segundo Rodrigo Lima, SEO de uma empresa que atua no segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação para prefeitura e autarquias no estado de Minas Gerais, o setor de TI tem se demonstrado promissor nos últimos anos. Na empresa em que ele é sócio, quase 80% do quadro de funcionários atua direta ou indiretamente na área de TI. Com trabalhos que podem ser tanto de home office quanto presencial.
“Durante a pandemia, o setor de tecnologia da informação cresceu muito de um modo geral. Não só dentro do nosso negócio, que é um nicho muito específico, mas o setor de tecnologia desenvolveu bastante, principalmente, com as empresas observadas. E os próprios clientes, também, que podem ter o serviço home office”, disse Rodrigo Lima.
Atualização constante
Atualmente trabalhando como técnico de apoio ao usuário, há mais de um ano Marcelo Henrique faz parte da estatística de profissionais que atuam no setor de TI. E mesmo bem posicionado no mercado de trabalho, Marcelo entende a importância de se manter atualizado com os estudos. Para ele, a área de atuação permite diminuir as fronteiras entre o digital e o presencial. E assim destacar a relevância desse segmento dentro do ambiente corporativo e social.
“Hoje eu me sinto bem colocado no mercado, visto que tudo hoje está migrando para a área da informática. Tudo hoje em dia é digital. Você não consegue fazer uma operação em um banco se não tiver um celular. Então não tem nada hoje que não tenha TI no meio. Eu me sinto bem localizado e procurando sempre melhorar para estar bem posicionado no mercado. Atualmente, eu estou fazendo uma pós-graduação em banco de dados para fortalecer ainda mais o conhecimento e prestar um bom serviço aos nossos clientes”, disse Marcelo Henrique.
Mão de obra escassa em Valadares
Mesmo com os bons números nas contratações, as empresas que precisam desses profissionais precisam se ajustar à demanda de contratações, ao levar em consideração que no Brasil é um setor em desenvolvimento. Na visão de Daniel Magalhães, SEO de uma startup de RH tech, esse tipo de mão de obra não é difícil de achar, mas é uma mão de obra cara, e em Valadares ela é escassa.
“É uma mão de obra abundante no Brasil, porém está com alta demanda, então isso faz com que a mão de obra encareça. Um bom profissional, hoje, um bom desenvolvedor, um bom TI, ele tem o seu valor no mercado. Se a gente tirar o retrato de Governador Valadares, realmente é uma mão de obra escassa. Na nossa startup, nós temos três desenvolvedores e nenhum deles moram em Governador Valadares. Nós buscamos essa mão de obra fora. A gente tem visto muitos profissionais mudando de profissão porque eles estão observando que o profissional de TI vai ter uma demanda muito grande nos próximos dez anos”, disse Daniel Magalhães.