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Com porcentagem de 47,4%, pequenos negócios são os mais impactados pela inflação em Minas Gerais

Uma pesquisa realizada em junho deste ano pelo Sebrae Minas mostrou que os pequenos negócios foram os mais impactados pela inflação nos últimos meses. A porcentagem foi de 47,4%.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 12 meses o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação, atingiu 11,89%. Em junho de 2022 o IPCA registrou 0,67%, sendo que em junho do ano passado tinha registrado 0,53%.

Como lidar com a inflação nos pequenos negócios?

De acordo com Izabella Diniz Siqueira, assistente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, as principais medidas que estão sendo tomadas pelos microempreendedores para conter os gastos são: redução dos estoques, inovação e otimização dos processos e diminuição do mix de produtos e serviços.

Diego Brandão e sua esposa Gislaine Brandão possuem um ateliê de design de unhas e loja de produtos para unha. ele conta que abriram o espaço há cinco anos, em busca de uma renda extra, e hoje todo o imóvel é ocupado pelo ateliê. 

“O negócio está dando certo. Passamos por algumas dificuldades na pandemia, mas adotamos uma estratégia e estamos usando até hoje. Fomos tentando diminuir o custo e a margem de lucro, mas em alguns produtos tivemos que aumentar um pouco. Nossos produtos são importados. No começo o preço aumentou demais, e agora, com um pouco da queda do dólar, estamos conseguindo voltar o preço ao normal”, explicou.

Ateliê de design de unhas/ Crédito: DRD-TV Leste

De acordo com a pesquisa do Sebrae Minas, em consequência dos aumentos dos preços em decorrência da inflação, 55% dos pequenos negócios tiveram que reajustar os preços dos produtos e serviços. Além disso, outras estratégias adotadas foram economizar na água, na energia e no aluguel e substituir matérias-primas.

Outras alternativas

Natália Brito é empreendedora e trabalha com cosméticos há nove anos. Recentemente ela abriu um espaço para vender os produtos e atender serviços de maquiagem e sobrancelhas. “Vi que só trabalhar com vendas não é o suficiente, então estou investindo também na prestação de serviços. Já trabalho fazendo maquiagem, dando cursos de automaquiagem e vou começar com a nanopigmentação e tintura própria para sobrancelha”, disse.

Com o objetivo de evitar o repasse de todo o aumento dos produtos para os clientes, Natália investe em atendimento e espaço de qualidade: “Para não passar todo esse aumento para o cliente, tenho tentado agregar valor ao meu trabalho. Tento proporcionar uma experiência agradável o máximo possível para o cliente não olhar tanto o preço e sim o valor do atendimento. No instagram trago dicas de autocuidado, de maquiagem, tratamento facial, corporal, tudo para sentirem o desejo de experimentar os produtos”.

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