Kayque Argolo, de 17 anos, é estudante, e no dia 2 de outubro de 2022 irá à urna pela primeira vez para votar nos candidatos a deputado (estadual e federal), senador e presidente. O jovem tirou o título de eleitor este ano, pela internet, e faz parte da estatística dos mais de 1 mil eleitores de Governador Valadares com menos de 18 anos.
“A nossa geração é o futuro do nosso país, então a gente tem que começar desde cedo indo às urnas votar e impactar no resultado final dos votos para a gente chegar, desde novo, escolhendo o candidato certo”, disse o estudante.
De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para as eleições de 2022, o número de eleitores jovens, entre 16 e 20 anos, foi consideravelmente maior do que nos anos anteriores, representando 4,71% do total de eleitores aptos a votar nas eleições deste ano no município. Traduzindo em números exatos, são 10.154 eleitores nessa faixa etária.
“A gente verificou que houve um crescimento desse eleitorado jovem, principalmente daqueles que têm os votos facultativos. Dos eleitores de 16 anos, que a gente verificou em 2020, nesta mesma época, para agora 2022, passou de 150 para aproximadamente 560, um aumento de quase 400%. Já com relação aos eleitores de 17 anos, a gente verificou que houve um aumento de quase 20%, e mantendo-se, aproximadamente, a mesma quantidade dos eleitores das faixas de 18 a 20 anos. Esse aumento também se verificou quando a gente faz a comparação com os eleitores jovens de 2018, não foi tão expressivo, mas houve também um crescimento”, informou Rubens Júnior, chefe de cartório em Governador Valadares.
Ainda segundo o chefe de cartório, há alguns fatores que poderiam explicar a maior adesão dos jovens para a emissão do título de eleitor e o engajamento nas eleições de 2022.
“A gente entende que o eleitorado jovem foi chamado a participar [das eleições] por personalidades midiáticas consideradas por eles, e também a gente entende que houve uma facilidade desse eleitor jovem em fazer o requerimento e a inscrição eleitoral, já que foi disponibilizado pela internet. A gente verificou que 60%, na média, dos requerimentos foram feitos on-line”, explicou Rubens Júnior.