De acordo com a climatologista do IFMG, Daniela Cunha, Valadares deve se preparar para a chegada da frente fria; madrugadas já registram mínima de 16°
Em Valadares, cidade conhecida pelo Brasil e até mesmo pelo mundo por suas altas temperaturas, é fácil descobrirmos quando o frio chega. Então nas ruas, as blusas de manga comprida, jaquetas, calçados fechados e pessoas em busca do solzinho da manhã já são alguns dos sinais.
Por isso, o Sr. Jorge Machado não perdeu a oportunidade de se aquecer um pouco, nas proximidades da Ilha, antes de ir trabalhar. Mas o eletricista conta que não tem o hábito de usar roupas de frio. “Sempre dou uma paradinha aqui para esquentar. A blusa eu deixo no carro”, disse.
Agasalho é indispensável nas atividades matinais
Enquanto isso, há quem não abre mão da blusa de frio nem mesmo para se exercitar. Aliás a enfermeira Patrícia Oliveira de Araújo tem o hábito de praticar atividades físicas e enfrenta a baixa temperatura, logo pela manhã, por uma vida saudável. Para isso, casaco e calça apropriados, além de muita disposição, não podem faltar.
“Acho que todo valadarense, a maioria, com qualquer vento mais frio, já sente. Penso que seja um detalhe a mais, você coloca um agasalho. Se você está habituado a fazer atividade física, vai arranjar um jeito. A não ser que tenha chuva forte que atrapalhe. Mesmo assim a gente arruma um jeitinho, pedala em casa se tiver algum aparelho ou vai para uma academia. Para caminhar ao ar livre, a gente põe um agasalho e pronto. Está tudo certo. Deixar de fazer por causa do frio, aí sim acho que seja um problema“, ressalta a enfermeira.
Mas quando o assunto é a preferência, ambos se diferenciam. Desse modo, Sr. Jorge Machado afirma que o frio é melhor. “No frio, você coloca uma blusa de frio e fica quente do mesmo jeito. Agora, no calor, você tem que andar é sem roupa”, brinca o eletricista sobre o calor de Valadares. Enquanto a Patrícia, prefere os termômetros lá em cima. “Eu prefiro o calor”, comenta.
Mudança climática em Valadares e região
Diante das mudanças notórias, a professora de climatologia do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Daniela Cunha, explicou como ocorrem estas variações. De acordo com a especialista, estes ainda são os primeiros indícios da frente fria que está a caminho. Nos meses de junho e julho as temperaturas deverão cair ainda mais.
“O rigor maior acontece quando a gente tem o avanço da frente fria. A massa de ar polar é que ocasiona esse frio mais intenso. Depende também de onde vai ficar o centro dessa massa de ar polar. Se ela ficar mais sobre o continente, há a tendência do resfriamento realmente ser maior”, destaca.
A climatologista Daniela Cunha esclarece sobre a baixa temperatura na região de Valadares, bem como as consequências deste fenômeno. Confira nossa entrevista completa:
Neste ano, o inverno começará no dia 21 de junho.