Presidente do TSE defende mais mulheres indígenas na política

Tema integrou a pauta de encontro com representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, realizado nessa segunda-feira (11)

Durante encontro realizado nessa segunda-feira (11) com representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, destacou que 2022 será um ano de defesa da democracia, por meio do diálogo e da igualdade, aspectos que deverão ser respeitados. A reunião ocorreu na sede do Tribunal, em Brasília.

Ao receber o grupo, composto principalmente por mulheres indígenas que são pré-candidatas às Eleições 2022, o ministro afirmou que uma democracia para responder pelo nome deve ter seguramente uma face feminina, “mas que ela será ainda mais verdadeira se tiver a face da mulher indígena”.

Participaram da reunião o advogado indígena Luiz Henrique Eloy Amado, André Guajajara, Val Terena, Célia Xacriaba, Eunice Kerexu, Simone Karipuna, Eliane Bakairi, Juliana Genipapo Canindé, Shirley Pankará e Sonia Guajajara. Por parte do Tribunal, estiveram presentes a secretária-geral, Christine Peter, Samara Pataxó, assessora do Núcleo de Inclusão e Diversidade da Secretaria-Geral da Presidência, e a secretária de Comunicação e Multimídia, Giselly Siqueira.

Articulação

Sônia Guajajara falou da importância da adoção de ações concretas por mais candidaturas indígenas no Brasil. “Lançamos esse movimento, denominado ‘Chamado pela Terra’, para lançar essas candidaturas, de forma articulada. A política não é um espaço facilmente ocupado por nós. Fazer uma campanha no Brasil é algo muito difícil. Nas últimas eleições, pudemos lançar candidatos e candidatas que nos representassem verdadeiramente, mas o resultado ainda é pequeno”, enfatizou.

Ao falar da emoção com o encontro, Fachin ressaltou que espera converter a emoção em ação. “A sociedade tem um débito histórico com os indígenas. É nossa prioridade trazer as vozes e as cores dos povos indígenas para construirmos, juntos, uma sociedade livre, aberta e plural. A terra não é o lugar onde pisamos; a terra é elemento da vida, assim como dizem os povos indígenas, e devemos ser fiéis a esse chamado”, disse.

Destacando que a reunião era um momento de muita alegria, energia e sinergia, a secretária-geral do TSE enfatizou que ela abria um novo portal para novas urgências. “Para pensarmos no futuro do mundo, das próximas gerações, pois a política só vai ser mais bem ocupada quando tivermos mais igualdade de gênero”, disse.

Samara Pataxó agradeceu a coragem das pré-candidatas, lembrando que o TSE conta com uma Ouvidoria da Mulher, um ponto de entrada para receber as demandas de todas as mulheres. “O TSE é um espaço também para se pensar em novas ações voltadas para uma maior participação de grupos sub-representados na política. Pensando na coletividade, o Tribunal vem apontado o caminho para termos melhores resultados em longo prazo”, disse. Tribunal Superior Eleitoral

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