SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em decisão tomada por unanimidade, ontem (24), pela Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo foi afastado definitivamente da presidência da entidade. Formada por presidentes das 26 federações estaduais mais a do Distrito Federal, a comissão afastou o cartola por mais 20 meses devido a uma denúncia de assédio moral feita pelo diretor de TI, Fernando França.
A punição será somada a uma outra, de 21 meses, imposta ao dirigente após denúncia de assédio moral e sexual feita por uma funcionária da entidade. Somadas, as duas punições ultrapassam o fim do mandato de Caboclo, confirmando a vacância da presidência.
Uma eleição será convocada nas próximas semanas para escolher quem vai cumprir este período à frente da confederação. Um dos cotados para assumir o cargo é o presidente interino, Ednaldo Rodrigues, que é um dos oito vice-presidentes da CBF. Ele está no comando de agosto de 2021.
Também nesta quinta, no entanto, o STJ (Superior Tribunal Federal) determinou uma intervenção na CBF e que o vice mais velho assumisse interinamente a presidência até a nova eleição. Neste caso, seria Antonio Carlos Nunes, de 83 anos. Ele, porém, está afastado por licença médica.
Na sequência, a preferência seria de Antônio Aquino, de 75, mas ele abriu mão do cargo. O próximo da lista seria justamente Ednaldo, de 68.
“Seguindo os ritos estabelecidos no estatuto da entidade, o presidente em exercício Ednaldo Rodrigues Gomes permanece na presidência, de forma interina, tendo em vista a impossibilidade e manifestação expressa dos outros dois vice-presidentes mais idosos, ratificado por todas as federações presentes”, diz trecho de um comunicado da CBF.
Caboclo estava afastado pela Comissão de Ética da entidade desde o dia 6 de junho, após ter sido acusado por sua secretária de assédio moral e sexual. A denúncia foi protocolada dois dias antes.
O ex-presidente da CBF diz que tem sido alvo de ações orquestradas por Marco Polo Del Nero, seu antecessor, que deixou a CBF acusado de corrupção no caso chamado de Fifagate. A defesa de Caboclo nega que ele tenha cometido assédio moral e sexual.







