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Em seis meses, Gaeco realiza 59 operações contra o crime organizado e apreende cerca de R$ 450 milhões em MG

Em um cenário de pandemia, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – conseguiu, no primeiro semestre de 2021, dar continuidade às investigações e efetivar medidas de combate às organizações criminosas em todas as regiões do Estado. Em balanço divulgado pelo órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ficou claro não só o tamanho e sofisticação dessas organizações para a prática criminosa, mas também como o trabalho conjunto das instituições de segurança pública, com o uso de tecnologia e inteligência, é capaz de desmantelar facções e grupos especializados em práticas criminosas.

Para se ter ideia, nas 59 operações realizadas pelo Gaeco nos seis primeiros meses do ano, 339 prisões foram efetuadas e R$ 442.525.597,93 apreendidos e ou indisponibilizados. “O expressivo montante apreendido ou indisponibilizado é fruto de sistemático esforço no sentido de se agregar à cultura do combate às organizações criminosos medidas de persecução patrimonial. Para se efetivar essa mudança paradigmática, o assunto é sempre debatido em nossas reuniões internas, dando-se destaque aos crimes de lavagem de dinheiro”, afirma a coordenadora do Gaeco, promotora de Justiça Paula Ayres.

Operações como a “Black Monday”, realizada pelo Gaeco em conjunto com a 8ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, demonstraram a capilaridade das organizações criminosas, mas também essa capacidade de enfrentamento por meio de medidas de persecução patrimonial em face das organizações. Nessa operação, para apurar delitos de associação criminosa e lavagem de dinheiro decorrentes de crimes de estelionato, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e quatro pessoas foram presas. O valor total deferido em juízo a título de sequestro do grupo criminoso foi de mais de R$400 milhões.

Os resultados, para a promotora de Justiça, refletem a integração interna dos órgãos do MPMG e a estreita relação com os demais atores da segurança pública, em especial com as Polícias Civil, Militar, Penal e Federal. “Vários trabalhos conjuntos têm sido produzidos com resultados positivos. Além das forças policiais, também juntamente com os órgãos do executivo municipal e estadual, o Gaeco mantém parcerias institucionais, buscando sempre potencializar, ao máximo, sua força operacional”, diz. “As Receitas Estadual e Federal também têm se mantido em constante contato e troca de informações, bem como a Agência Brasileira de Inteligência”.

Sobre as novas necessidades impostas em função da realidade da pandemia da Covid-19, Paula Ayres exemplifica as readequações realizadas a partir das reuniões virtuais dos Grupos de Intervenção Estratégica do Programa Fica Vivo!, na capital e no interior, e do Grupo Interinstitucional de Enfrentamento a Crimes Violentos Contra o Patrimônio, em Belo Horizonte. “Conseguimos dar continuidade aos trabalhos dos grupos, permitindo colocar em prática as ações de intervenção, a troca de informação entre as instituições de segurança pública e a elaboração dos relatórios dos alvos”.

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