Denúncias anônimas e sigilosas capazes de salvar vidas; população pode contribuir para a redução da criminalidade
Tornar possível e acessível a contribuição do cidadão no combate à criminalidade. Esta é a missão do Disque Denúncia 181, que está completando 14 anos hoje (10).
Por meio deste importante canal de atendimento, a população pode ajudar os órgãos de segurança pública na busca por foragidos ou procurados pela Justiça; tirar drogas e armas de circulação; localizar produtos roubados, denunciar práticas de violência, entre outras ações.
Entenda como funciona o Disque Denúncia
A ligação ao 181 pode ser feita de qualquer um dos 853 municípios de Minas de forma gratuita e não é necessário se identificar. O mais importante para o atendente é a informação do denunciante, que recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da sua denúncia.
Resultados que mostram a importância do serviço prestado
O serviço, coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), foi responsável, ao longo desses 14 anos, pela prisão e pela apreensão de mais de 250 mil pessoas. Ao todo, foram 27.907 armas tiradas de circulação; mais de 300 mil munições encontradas; cerca de 20 toneladas de drogas apreendidas. Além disso, por meio do Disque Denúncia 181, as forças de segurança também conseguiram retirar das mãos de criminosos mais de R$ 37 milhões movimentados pelo tráfico de drogas.
O tridígito 181, ao longo de mais de uma década, gerou mais de 1 milhão de denúncias e recebeu mais de 9 milhões de chamadas. Vale explicar que nem toda chamada recebida é transformada em denúncia. Quando uma pessoa discar 181, ela será ouvida por um atendente e suas informações serão repassadas para a Polícia Civil, a Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros Militar. A partir de então, o responsável pela demanda dá o devido encaminhamento à apuração. O prazo para resposta ao cidadão é de até 90 dias, a depender de cada caso.
As 15 cidades que geram mais denúncias em Minas Gerais são: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Contagem, Uberlândia, Betim, Ribeirão das Neves, Governador Valadares, Santa Luzia, Divinópolis, Montes Claros, Sete Lagoas, Ipatinga, Uberaba, Sabará e Vespasiano. Desde a criação do serviço, a capital registrou 247.168 denúncias. Juiz de Fora foi responsável por 60.788 e Contagem, por 56.484, fechando as três primeiras cidades mineiras com o maior número de denúncias geradas.
Tipos de casos mais denunciados em Minas
- Tráfico de drogas (610.919 denúncias, quase 60% do total)
- Atividades do Corpo de Bombeiros, como a fiscalização e as vistorias de ambientes (Neste ponto, o cidadão pode denunciar um local que não apresenta saída de emergência ou extintores, por exemplo)
- Jogos de azar
- Crime ambiental
- Posse/porte ilegal de armas
- Maus-tratos a animais
O que pode ser denunciado no 181
Nem todos os crimes podem ser denunciados por meio do 181, como ocorre com casos de flagrante e urgência. Esses devem ser informados diretamente às corporações: Polícia Militar (190), Polícia Civil (197) e Corpo de Bombeiros Militar (193).
De forma geral, estão inclusos no rol de denúncias apuradas via 181 os seguintes crimes: tráfico de drogas; jogo de azar; crime ambiental; informações sobre homicídio; crimes contra o meio ambiente; posse/porte ilegal de armas; atividade de Bombeiros; crueldade e maus-tratos a animais; foragido/procurado pela Justiça; porte/uso de drogas; roubo de carga, desmanche, receptação, entre outros.
Sigilo absoluto e segurança do denunciante
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, reforça que o 181 é uma das principais ferramentas de segurança disponíveis ao cidadão. “Quem acessa o serviço está contribuindo para a redução da criminalidade. A informação é preciosa e o cidadão que quer se sentir mais seguro pode confiar no serviço. O sigilo é absoluto”, ressalta o chefe da pasta. Com informações da Agência Minas