Curso do novo ensino médio atingirá mais de 500 mil docentes

Ministério da Educação lançou a nova formação na última terça (26), com conteúdos alinhados à reformulação da etapa educacional, que começa em 2022. Produções do Inep auxiliam nas tomadas de decisões

Ministério da Educação (MEC) lançou, na última terça-feira, 26 de outubro, a formação complementar para professores visando ao novo ensino médio. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contribuiu para o embasamento do processo de reformulação da etapa educacional, que ocorrerá a partir de 2022. A estimativa é que cerca de 500 mil docentes da rede pública de ensino realizem o curso.

A formação oferecida pelo MEC conta com conteúdos alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com foco na educação integral voltada ao desenvolvimento das competências e habilidades do estudante. “Após uma mudança formativa tão importante, o MEC se desdobrou em esclarecer as novidades e ressaltar os resultados esperados, além de facilitar a prática pedagógica, por meio de formações elaboradas por profissionais especializados. O objetivo é ajudar quem está na ponta, fazendo a educação acontecer”, afirmou o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O secretário de Educação Básica do MEC (SEB), Mauro Rabelo, destacou as alterações estruturais do que fazem parte do novo ensino médio e chamou a atenção para a importância de preparar os professores para as mudanças, que incluem a aplicação da carga horária dos estudantes e uma nova organização curricular (atrelada à BNCC), que possibilita itinerários formativos com foco nas áreas do conhecimento e na formação técnica e profissional.

“Essa entrega tem a perspectiva de ajudar os professores nesse grande desafio”, disse Mauro. “É uma formação nas quatro grandes áreas do conhecimento: linguagem e códigos; matemática e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas e as ciências da natureza, além de uma capacitação específica voltada ao mercado de trabalho”, explicou o secretário de educação básica do MEC.

O presidente do Inep, Danilo Dupas, chamou a atenção para a perenidade da capacitação dos professores. “É uma iniciativa que não só terá impacto positivo na qualidade do ensino para superar as consequências da pandemia, mas que também é sustentável para além desse período que estamos vivendo”, disse.

Avaliações e exames – Mauro Rabelo também falou sobre os impactos da reestruturação da etapa educacional no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicados pelo Inep. “Precisamos que as escolas e as avaliações estejam sincronizadas com as mudanças”, pontuou. Danilo Dupas destacou a participação do Instituto nos grupos de trabalho que tratam das reformulações, tanto do Saeb, quanto do Enem, no âmbito do MEC.

Para o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, a produção de dados da Autarquia “está intrinsecamente ligada à formação de políticas”. Nesse sentido, Moreno destacou o potencial da formação oferecida pelo MEC, considerando que 75% dos professores da rede estadual (a mais impactada pela qualificação), tem menos de 50 anos. Desses, 1 a cada 3 docentes está na faixa de 30 a 39 anos. “A formação terá uma duração muito importante na vida acadêmica desses professores”, comentou Moreno.

Curso – De acordo com o diretor de formação docente e valorização de profissionais da educação da SEB, Renato Oliveira Brito, o curso conta com 900 horas de conteúdos, distribuídas entre as quatro grandes áreas do conhecimento (180 para cada), além do módulo “Mundo do trabalho”, voltado ao mercado. “Não é uma formação somente teórica. Temos consciência da importância de esse conteúdo estar alinhado à prática e às inovações”, disse Renato Oliveira. As inscrições para o curso são gratuitas e podem ser realizadas por meio do Ambiente Virtual do MEC (Avamec), tanto por professores da rede pública, quanto da rede privada de ensino.

Também participaram do lançamento da formação, a coordenadora de Formação de Professores da SEB, Leda Regina Bitencourt; o especialista-chefe das formações, Eduardo Deschamps; a secretária de Educação do Distrito Federal (DF), Hévia Paranaguá; e a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecília Motta. Ministério da Educação

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