Após o Ministério da Economia recomendar ao presidente Jair Bolsonaro o veto ao projeto de lei que inclui Governador Valadares e outros 81 municípios na área de atuação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV), Jackson Lemos, mostrou-se indignado com o veto presidencial, ao dizer que “é carregado de argumentos falhos, pois, por exemplo, não afeta o orçamento da União”.
O veto ao projeto de lei aconteceu após sugestão do Ministério da Economia ao presidente Jair Bolsonaro, que justificou o veto por razões fiscais. Segundo ele, a proposta ampliaria as despesas da Sudene e os incentivos fiscais sem apresentar estimativas de impacto orçamentário-financeiro ou medidas de compensação, como determina a legislação. O Congresso Nacional analisará o veto em uma sessão que ainda não tem data marcada.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV), Jackson Lemos, a inclusão de Valadares na Sudene não afeta o orçamento da União, e o município necessita de recursos para atrair novos investidores. “Apesar do veto presidencial, o sonho de incluir nossa cidade no território de abrangência da Sudene não está acabado. Entendemos que a decisão negativa do presidente da República, Jair Bolsonaro, orientado pelo Ministério da Economia, é carregada de argumentos falhos, pois, por exemplo, não afeta o orçamento da União. Outro apontamento que sustenta o veto é que o PL não possui apelo popular. O fato ignora que a nossa população sofre com as consequências do rompimento da barragem da Samarco, sendo que Valadares é a maior cidade impactada em termo populacional, e também as constantes enchentes e estiagem, fatores que nos prejudicam na atração de novos investidores.”
“Lamentamos a decisão ser baseada em uma avaliação extremamente superficial. O momento exige trabalho e união. Agora o PL retorna para o Senado e para a Câmara Federal. Nossos legisladores precisam votar se mantêm ou não o veto presidencial.”
Jackson Lemos (ACEGV)
Jackson Lemos pediu apoio à bancada mineira para a derrubada do veto. “A Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares (ACEGV) convoca os senadores mineiros e toda a bancada mineira para darmos mais esse passo e aprovarmos a inclusão que para nós é também uma reparação”, disse.
Veja a lista de municípios de Minas Gerais que passariam a integrar a área da Sudene com a sanção do projeto: Açucena, Água Boa, Aimorés, Alpercata, Alvarenga, Bonfinópolis de Minas, Braúnas, Cantagalo, Capitão Andrade, Carmésia, Central de Minas, Coluna, Conselheiro Pena, Coroaci, Cuparaque, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Dom Bosco, Dores de Guanhães, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Frei Lagonegro, Galileia, Goiabeira, Gonzaga, Governador Valadares, Guanhães, Imbé de Minas, Inhapim, Itabirinha, Itanhomi, Itueta, Jampruca, José Raydan, Mantena, Marilac, Materlândia, Mathias Lobato, Mendes Pimentel, Mutum, Nacip Raydan, Naque, Natalândia, Nova Belém, Nova Módica, Paulistas, Peçanha, Periquito, Piedade de Caratinga, Resplendor, Sabinópolis, Santa Bárbara do Leste, Santa Efigênia de Minas, Santa Maria do Suaçuí, Santa Rita de Minas, Santa Rita do Itueto, Santo Antônio do Itambé, São Domingos das Dores, São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do Manteninha, São João Evangelista, São José da Safira, São José do Divino, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, São Sebastião do Anta, São Sebastião do Maranhão, Sardoá, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas, Sobrália, Taparuba, Tarumirim, Tumiritinga, Ubaporanga, Uruana de Minas, Virginópolis e Virgolândia.