A Ibituruna e o rapel: você também pode praticar

Se você ficou interessado em praticar rapel, pode entrar em contato com a Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SMCELT) pelo telefone 3271-3882 e se informar sobre os prestadores do serviço em nossa cidade

Os valadarenses estão acostumados a subirem a Ibituruna e descerem de ônibus, carro ou moto. Que tal descer a Ibituruna curtindo um outro ângulo?! Não estou falando de descer voando de asa ou parapente, mas sim de rapel. Este esporte faz uma descida vertical de paredões e vãos livres utilizando cordas e equipamentos. Em Valadares tem crescido o número de praticantes e empresas que oferecem esse serviço não só na área da Ibituruna como em outros pontos da cidade e da região.

Qualquer um pode praticar rapel. Para isso é necessário gozar de boa condição física e saúde, estar acompanhado de profissionais qualificados e usar equipamentos com certificações nacionais e internacionais. A idade mínima é de 10 anos, mas as crianças devem estar acompanhadas pelos responsáveis.

O ex-fuzileiro naval Erick Neves conheceu o rapel durante sua instrução como militar e não largou mais. “O rapel além de proporcionar a conexão com a natureza, a adrenalina e a satisfação de vencer a montanha traz uma sensação muito boa no final. É como uma terapia. Naquele momento esquecemos todos os problemas e damos foco na descida. Sem falar do lazer que acompanha o rapel, as trilhas, cachoeiras…”, relatou. Pai de Erick, o militar da reserva e instrutor de rapel Agenor Luiz Souza Filho, junto com o também instrutor, o subtenente do tiro de guerra Rone Lúcio Costa, começou a chamar amigos e conhecidos para praticar a modalidade. O número de adeptos cresceu tanto que em maio de 2020 eles resolveram criar um grupo de whatsapp para as pessoas interessadas na prática, o que só vem aumentando a cada dia. Atualmente o grupo está com mais de 140 membros.

O químico Rodh Santos por 13 anos utilizou o rapel em seu trabalho na área industrial para coletar amostras de gás e água. Depois que mudou de emprego passou a fazer rapel por esporte. Os amigos vendo ele praticar o incentivaram a trabalhar com o rapel. “Ano passado criei a empresa Nômades rapel, a primeira empresa especializada em rapel em Valadares. Eu vivo o rapel da seguinte forma: eu não tenho lugar fixo para fazer rapel. Onde eu vejo uma pedreira, onde eu vejo um morro, um paredão, uma cachoeira, um viaduto eu quero fazer rapel lá. Hoje me sinto realizado com essa empresa, essa atividade. Hoje rapel pra mim é tudo. Ele me ajuda a superar as adversidades do dia.”

A estudante do 4º período de Fisioterapia da UFJF Marina Flora fez rapel pela primeira vez na cachoeira do Porto. Ela conta que faria de novo para sentir a emoção novamente. “É um misto de emoções. Adrenalina pura, medo, felicidade, muita coisa. É muito legal porque é uma outra forma de ter contato com a natureza”, contou.

Se você ficou interessado em praticar rapel, pode entrar em contato com a Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SMCELT) pelo telefone 3271-3882 e se informar sobre os prestadores do serviço em nossa cidade. A SMCELT está mapeando os espaços de prática de esporte de aventura a fim de posteriormente discutir com esses grupos a construção do plano de manejo da Ibituruna.

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